Criado em novembro de 2019, o Grupo de Amparo Espiritual José de Arimatéia (Gaeja) atendia a população pinheirense que procurava ajuda a partir da técnica da apometria. Com o início da pandemia do novo coronavírus, que estabeleceu o isolamento social como uma das medidas mais importantes para evitar a contaminação, os integrantes precisaram se adaptar e vislumbraram outras formas de ajudar o próximo. Com o espaço cedido pelo casal Irene e João Carlos Rosa, que são peças-chave para realizar a ação, surgiu a ideia da sopa solidária.
A ação está sendo realizada a cada 10 ou 15 dias e são servidos, na rua Humaitá, nº 5 (em frente ao Galpão da Prefeitura), em torno de 150 pratos de sopa para pessoas em vulnerabilidade social de Pinheiro Machado. Pães e agasalhos também são distribuídos.
Além disso, nesta terça-feira (4), a candiotense Cristina Gonzales ministrou uma oficina para confecção de sabão para um pequeno grupo de voluntários. O pré-requisito para participar era que toda a produção seja doada para a comunidade carente. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), higienizar as mãos com água e sabão é outra importante medida para eliminar o coronavírus.
SAIBA MAIS – Em conversa com a reportagem, a voluntária Mirian Teixeira contou sobre a experiência. Nestas ações, conforme destacou, são respeitadas todas as medidas necessárias para conter a disseminação do vírus e o intuito é realmente melhorar a situação dos menos favorecidos em uma época ainda mais difícil. “Todos que chegam recebem a sopa e a cada semana vem aumentando o número de famílias que nos procuram. O comércio doa legumes e pães, os açougues doam os ossos e nossos amigos e a população também ajudam da maneira que podem e assim conseguimos, a comunidade é bastante solidária”, contou.
Segundo Mirian, entre os anos de 2005 e 2008, ela e a voluntária Irene Rosa foram agentes de Saúde no município. “Também trabalhei no Conselho Tutelar e contamos com a participação da Joice Cabral, que trabalhou no Departamento de Assistência Social. Nessas experiências nós acabamos visitando muitas pessoas e vemos que a realidade nem sempre é boa, por isso pensamos em fazer algo para tentar amenizar. Assim que passar a pandemia também pretendemos fazer um trabalho voltado ao acolhimento, carinho e amizade junto com a terceira idade e, claro, recomeçar o trabalho apométrico”, disse.
SABÃO – A ideia da produção e distribuição de sabão também surgiu a partir de uma conversa entre os membros do grupo – que entendem a necessidade de contribuir nessa importante medida de higienização dos mais necessitados. A ação também contribui com o meio ambiente por possibilitar a reutilização de óleo descartado no município. Nesta semana, já foram reutilizados cerca de 20 litros de óleo e produzidas em torno de 200 barras de sabão.
COMO AJUDAR – Quem quiser contribuir com o trabalho voluntário, o grupo aceita doações de itens alimentícios para sopa, ossos e pães; potes de sorvete ou margarina, caixas vazias de leite, óleo saturado e papel filme também são bem-vindos para confecção e distribuição do sabão. As doações podem ser entregues na rua Humaitá, nº 5 (em frente ao Galpão da Prefeitura) ou na Nico de Oliveira, nº 985.
VOLUNTÁRIOS – Além das já citadas, atualmente fazem parte do grupo voluntário: Glaucio Coelho, Ingrid Bandeira, Jorge Brião, Sabrina Corrêa, Ieda Silva, Fernanda Silva, Angélica Bicca, Tamires Bicca, Maribel Fontes e Loeci Moraes.