Editorial – A volta dos carnavais

Você ainda possui 2 notícias no acesso gratuito. Efetue login ou assine para acesso completo.

O saudoso fotógrafo bageense Lauro Corrêa foi escalado pelo jornal Correio do Povo, juntamente com um repórter, para cobrir o carnaval de Pinheiro Machado na década de 1960. Na Terra da Ovelha, a equipe de reportagem do maior jornal do Rio Grande do Sul da época, ficou por três dias enviando informações e imagens da folia pinheirense.
O fato, contado por Lauro (falecido em fevereiro de 2019) ao nosso editor João André Lehr, mostra a grandeza que era o carnaval de Pinheiro Machado, quando suscitou o deslocamento de uma equipe exclusiva de jornalismo à cidade.
Neste fim de semana, os pinheirenses retornaram às ruas centrais para brincar o carnaval. A iniciativa do bloco Os Beberrões foi marcada por esta nostalgia, ou seja, em relembrar as célebres e luxuosas folias na outrora Cacimbinhas. Da mesma forma, Hulha Negra realizou o seu carnaval antecipado. O candiotense é o mais famoso fora de época da região e possui uma tradição de reunir multidões.
Na verdade, o carnaval na data certa mudou sua organização. Hoje ele é pulado Brasil afora em cidades específicas. Aqui se concentra em Lavras do Sul, em Rio Grande (Cassino) e em Jaguarão. Nas demais cidades ele desapareceu. Os carnavais de salão estão em extinção.
Independente da data, o importante é deixar que esta tradição mundial – mas que no Brasil encontrou apelo popular, siga acesa, pois faz parte do traço cultural brasileiro.

Comentários do Facebook