PINHEIRO MACHADO

Maior fábrica de pellets do mundo deve iniciar obras em maio de 2019

Com exclusividade, o proprietário do projeto, empresário Luiz Eduardo Batalha, falou ao Tribuna do Pampa sobre o andamento do projeto

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Batalha prevê investimentos na ordem de R$ 1 bilhão Foto: J. André TP

A licença ambiental de instalação (LI) para a maior fábrica de pellets do mundo (900 mil toneladas do produto por ano) ainda não foi emitida porque aguarda estudos complementares de solo na área de 137 hectares onde a indústria será construída – em Pinheiro Machado, na divisa com Candiota, a cerca de dois quilômetros da fábrica de cimentos da Vo­torantim. Com esta licença em mãos é possível de fato iniciar a obra. A licença pré­via (LP) junto a Fundação Estadual de Proteção ao Meio Am­biente (Fe­pam) foi obtida este ano.

Os pellets são pequenos pa­litos obtidos a partir do processamento de madeira de florestamento e deverá ser exportado para países europeus, Japão e Estados Unidos, para serem queima­dos em caldeiras de usinas termelétricas e também para aquecimento residencial. O projeto está orçado em R$ 1 bilhão e este recurso já está garantido.O projeto re­presenta um grande alento para a Terra da Ovelha, que enfrenta a maior crise de sua história de 240 anos.

Com exclusividade, o proprietário da empresa Pellco Pinheiro Machado, o empresário paulista e pinheirense Luiz Eduardo Batalha, detalhou no final da tarde da última sexta-feira (7) como estão as tratativas para a implantação da in­dústria. Ele estava em São Paulo e por telefone salien­tou que fixou como prazo o mês de maio de 2019 para lançar a pedra fundamental do empreendimento. “Neste momento não há nenhuma dificuldade em relação ao projeto. Tudo está andando perfeitamente. Nos próxi­mos dias colocaremos uma placa no local com a inscri­ção de futuras instalações”, adianta Batalha.

Área da Pellco de 137 hectares, que fica próxima a Vila Umbus, passou por sondagem de solo e estes estudos irão integrar o pedido da licença ambiental de instalação (LI) Foto: Arquivo TP

Há poucos dias, com a presença de Bata­lha, um grupo de pessoas de diferentes empresas de equipamentos do mundo, principalmente de nacio­nalidade alemã, estiveram realizando a sondagem do terreno. “Dois professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) atestaram que o terreno é firme e suporta as operações pesadas que serão realizadas no local. Quando adquiri a área eu imaginava que ela seria adequada, pois a poucos metros dali está ins­talada há anos uma fábrica de cimentos”, destaca.

Batalha explica que este estudo é fundamental para a obtenção da licença de instalação (LI). Ele acre­dita que dentro de 90 dias isso estará pronto.

ANIMAÇÃO O empresá­rio está muito animado com tudo que está acontecendo. Segundo ele, já há garan­tidos 34 mil hectares de florestas para a produção. Também, de acordo com Batalha, surpreende que eles tenham recebido pro­postas de compra do produ­to. “Esta semana recebemos um pedido para entregarmos 500 mil toneladas por ano num contrato de 20 anos. Isso demonstra o potencial do negócio”, projeta.

Cumprindo outra etapa, o empresário disse que esta semana ele deverá definir qual será o banco que realizará todas as operações financeiras do projeto, o chamado banco advisor (na tradução livre do inglês, significa orientador). “Es­tamos fazendo uma espécie de concorrência para esta escolha do banco”, disse.

Entre os dias 14 e 18 de janeiro, Batalha e o filho Guilherme estarão na Alemanha para a for­mação de um consórcio de empresas fornecedoras do projeto, que serão lideradas pela gigante Thyssenkrupp, tendo ainda participação da Siemens, Diefdenbacker (maquinário) e a Karl (pren­sas), entre outras.

QUEM ACREDITA Bata­lha disse que acredita muito no projeto porque ele vai ao encontro do que o mundo está pedindo atualmente, ou seja, uma indústria de baixo carbono e de energia reno­vável. O empresário enfati­zou que pretende valorizar, inclu­sive na fase de implantação, to­dos aqueles que acreditaram no projeto desde o início.

EMPREGOS A indústria, quando pronta, na primeira fase pretende gerar 150 empregos na planta industrial (110 na produção de pellets e 40 na termelé­trica), bem como, cerca de 650 na colheita da madeira, que será toda mecanizada, perfazendo 800 empregos diretos. Ainda está prevista uma usina termelétrica de 50MW (podendo chegar a 200 MW).

Na construção, que deve durar dois anos, a pre­visão é de 2 mil empregos gerados.

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