QUESTÃO ENEGÉRTICA

UTE Ouro Negro obtém outorga definitiva para utilizar água do arroio Candiota

O projeto não exige barramento e sim apenas uma tomada de água

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A nova usina será em Pedras Altas, na divisa com a Capital Nacional do Carvão e utilizará água do arroio Candiota Foto: J.André TP

O Diário Oficial da União (DOU), na edição desta sexta-feira (6), publicou as outorgas definitivas de direito de uso de recursos hídricos do projeto da Usina Termelétrica (UTE) Ouro Negro.  A decisão foi tomada em reunião ordinária da Diretoria Colegiada da Superintendência de Regulação da Agência Nacional de Águas (ANA), realizada no último dia 27 de agosto. Os documentos publicados no DOU são assinados pelo superintendente Rodrigo Flecha Ferreira Alves.

As duas outorgas, as de nºs 1.966 e 1.967, autorizam a UTE Ouro Negro a utilizar as águas do arroio Candiota. O projeto da nova usina, que será construída em Pedras Altas, na divisa com o município de Candiota, não prevê a construção de uma barragem e sim uma tomada de água, localizada a alguns quilômetros abaixo do reservatório – barragem II (prainha), que abastece a Fase C da Usina de Candiota. Aliás, este reservatório também recebeu outorga definitiva de utilização, igualmente publicada no DOU desta sexta-feira.

O diretor da Ouro Negro S.A, o ex-prefeito de Pedras Altas, Sílvio Marques Dias Neto, comemorou a publicação. “Isso significa que temos agora, segurança total de que teremos água para abastecer a usina”, assinala.

LEILÃO A-6 – A UTE Ouro Negro, está tecnicamente habilitada para o leilão de energia A-6, marcado para o mês de outubro próximo. Segundo Sílvio, a expectativa em relação ao certame é de otimismo. “Mesmo com a economia ainda em ritmo lento de recuperação e isto se reflete na baixa demanda por energia elétrica, a Ouro Negro está habilitada tecnicamente para participar do leilão. A expectativa de venda de energia é otimista”, resume.

SOBRE A OURO NEGRO – A UTE Ouro Negro está avaliada em mais de R$ 4 bilhões. O projeto será financiado 80% com recursos das instituições financeiras da China. O restante do valor será pago com capital próprio das empresas sócias (ONE S/A, SEPCO1 e Power China). A SEPCO1 é também EPCista do projeto, ou seja, a empresa que será responsável pela obra.

A termelétrica contará com dois geradores de 300 megawatts cada e deverá ser construída em Pedras Altas, na divisa com Candiota, numa área de terras próxima ao arroio Candiota e da mina de carvão da Companhia Riograndense de Mineração (CRM). Durante a construção do empreendimento, deverão ser gerados cerca de quatro mil empregos diretos e 500 quando em operação.

O projeto já possui licenciamento prévio (LP) do Ibama, com a licença de instalação (LI) com pedido em tramitação. Também agora, possui outorga definitiva do uso da água do arroio Candiota emitido pela Agência Nacional de Águas (ANA).

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