Agricultura familiar

Esta semana fui provocado a escrever sobre agricultura familiar e sua importância em Hulha Negra.
Este município possui atualmente perto de 40% da população vivendo no interior.Este percentual é um dado aproximado uma vez que o último censo é de mais de dez anos e muita coisa temacontecido, entre as quais o êxodo rural.
Embora ainda existam propriedades médias e grandes, a maioria são pequenas, resquícios da colonização alemã e dos assentamentos de colonos rurais até então sem terras. São centenas de propriedades com este perfil.
Geograficamente situado no sul do Brasil, o município possui a maior quantidade de horas de sol do país, o que é significativamente relevante para quem atua no meio rural. Por outro lado, nos verões, pode conviver com a falta de água, resultado de poucas chuvas associadas a muito sol.
– Aqui o que dá é arroz, me disse certa vez Renato Machado, atual prefeito.
É claro, água e sol. Esta combinação é sempre eficaz. Funciona para milho, sorgo, soja,tomate, melão, enfim, desde que a prática da irrigação seja uma constante e não é.
A agricultura familiar é a fonte de subsistência de muitos. A maneira de se manter e de encaminhar o futuro.
Precisa ser qualificada para que na mesma área o produtor obtenha maior produção de riquezas. Este avanço apresenta efeitos colaterais: quanto mais produzimos por hectare, menos quilos de defensivos usamos por quilo produzido. Efeito ecológico.
Para avançar como comunidade envolvida com agricultura familiar é preciso oportunidades para que todos possam ter acesso à qualificação profissional, a assistência técnica, ao conhecimento sobre características do solo e ao que produzir em cada solo, a sementes resistentes, adaptadas ao clima, e defensivos agrícolas adequados às mesmas, a técnicas avançadas para produzir mais em pequenas áreas, a animais com qualificada genética (incluindo a pecuária na agricultura familiar), a avançadas técnicas para reprodução, a equipamentos desenvolvidos recentemente para viabilizar a produção e a locais para recebimento, processamento, armazenamento e acondicionamento da produção.
É necessário aliar o estudo do solo às oportunidades não exploradas ou pouco exploradas com base nos potenciais existentes e é preciso evoluir na forma de escolher o que produzir e na forma de realizar os trabalhos necessários para viabilizar a produção.

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