Memória, patrimônio e produção audiovisual – esse foi o tema da oficina de cinema oferecida aos alunos do ensino médio da Escola Jerônimo Mércio da Silveira, que ocorreu na última semana no Centro de Eventos de Candiota. Com carga horária de 30 horas, a atividade é uma parceria entre o 11º Festival Internacional de Cinema da Fronteira, o projeto Confraria Literária do curso de Letras da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), a Prefeitura de Candiota, através da Secretaria Municipal de Cultura, e o próprio educandário.
De acordo com a coordenadora do Ponto de Cultura Sem Fronteiras, Adriana Ferreira, que ministrou as oficinas junto com os profissionais José Camargo e Wagner Previtali, o coletivo fomenta a produção audiovisual na região e o projeto promove o contato da comunidade local com a cultura artística, provocando olhares sobre o patrimônio nas suas dimensões. “A temática da oficina estabeleceu diálogo com o tema do XI Festival – o “Renascer do Patrimônio”. Além disso, a atividade apresentou elementos da linguagem audiovisual, um breve histórico do surgimento do cinema e também discutiu produções locais realizadas na faixa de fronteira”, explicou.
Conforme descreveu, a ação contou com uma turma de jovens sedentos, vibrantes e atentos, além de professores engajados e perseverantes, que enxergam a ressignificação da escola na atualidade. “Foi uma experiência singular vivida com esses jovens estudantes. Foram cinco dias seguidos de teoria, prática, descobertas e emoções vividas entorno da produção audiovisual, onde o patrimônio em suas dimensões foi abordado e desvendado, sobretudo, olhando as pessoas como patrimônio, suas histórias, suas vidas e suas memórias”, destacou Adriana.
Para o professor Luiz Antônio Dworakowski, a atividade veio ao encontro das necessidades no sentido de compartilhar ideias com profissionais que possuem experiência em trabalhos já realizados no educandário. “A oficina de cinema faz parte de uma metodologia de trabalho que desenvolvemos e estimulamos em nossa escola, que é o trabalho com projetos. Nessa visão se dá ênfase ao ensino pela pesquisa – em que o estudante é protagonista em seu aprendizado, sendo o professor mediador e orientador nesse processo”, disse ao TP.
Assim como o já conhecido “Curta os Clássicos”, a escola Jerônimo Mércio da Silveira também desenvolve o Sarau Literário e a Feira de Ciências. De acordo com Luiz Antônio, trata-se de propostas que visam estimular a criatividade e a iniciativa dos estudantes no sentido de propiciar orientação e oportunidades para a construção de um projeto de vida.