QUESTÃO ENERGÉTICA

CGT Eletrosul apenas diz que está trabalhando para Fase C voltar funcionar em Candiota

Você ainda possui 2 notícias no acesso gratuito. Efetue login ou assine para acesso completo.

Fase C continua fora de operação e não tem um prazo estipulado para sua volta Foto: Arquivo TP

As informações sobre a paralisação da Usina de Candiota (Fase C) ocorrida ainda em junho deste ano não são abundantes. Em matéria publicada aqui no TP em meados de julho, a Companhia de Geração e Transmissão de Energia Elétrica do Sul do Brasil (Eletrobras CGT Eletrosul) – proprietária da unidade, apenas se referiu que de fato ela estava fora de operação devido a um evento no gerador, sem qualquer especificação. “A ocorrência está sendo avaliada pela área técnica. Em razão disso, foi antecipada a manutenção anual da usina”, se limitou a escrever a assessoria de comunicação da estatal em resposta ao jornal na época.

Esta semana, devido a importância da indústria para o município e região -fato que vai além da simples curiosidade popular -, o jornal indagou à assessoria da Companhia como estavam os trabalhos e qual o prazo para que ela entrasse novamente em operação. “Em relação à geração da UTE Candiota III (forma como a assessoria se refere à Fase C), informamos que a unidade está passando por um processo de manutenção e estão sendo contratados os serviços necessários para o seu pleno retorno operacional”, afirmou o texto, sem estipular prazos.

 

CAL – A Fase C, assim como as demais termelétricas a carvão autorizadas ambientalmente a funcionar no Brasil, utiliza a tecnologia do leito fluidizado, que usa cal para o abatimento, especialmente de material sólido (particulado). Neste sentido a  unidade utiliza uma grande quantidade do produto.

No último dia 12 de agosto, o principal jornal uruguaio, o El País, publicou uma extensa reportagem assinalando que a Cementos del Plata – subsidiária da estatalAdministración Nacional de Combustibles, Alcoholes y Portland (Ancap), conseguiu reverter a situação para que a planta de produção de cal localizada no Departamento de Treinta y Tres não perdesse seu principal cliente, a Fase C de Candiota. Conforme o jornal, o contrato de 10 anos chegou ao fim e a CGT Eletrosul realizou uma nova licitação. O El País, que conversou com uma fonte do governo do Uruguai, afirmou que a empresa local, havido ficado em segundo lugar no certame, mas houve a desclassificação da primeira colocada.

Para a Cementos del Plata, a sequência do contrato significa a manutenção da planta em funcionamento. “Atualmente, a fábrica produzia 15 mil toneladas de cal por mês, mas as vendas no mercado local não chegam nem a mil toneladas mensais, o que destaca a importância de manter a fábrica de Candiota como cliente”, afirmou o El País.

A assessoria da CGT Eletrosul não confirmou a negociação e disse apenas que “a referida licitação ainda está em andamento”.

Comentários do Facebook