Cinco partidos políticos, que já dão sustentação ao atual governo municipal, decidiram na última semana, dar apoio à pré-candidatura à reeleição de uma chapa formada pelo atual prefeito Adriano dos Santos (PT) e o vice Gil Deison Pereira (PTB).
Durante um ato realizado na sede do PDT na sexta-feira (22), PT, PTB, PSB, PDT e PCdoB ratificaram o que já tinham decidido em suas bases ao longo daquela semana. O TP esteve no local, quando já divulgou a decisão numa reportagem em seu site. Na oportunidade, o jornal também colheu as opiniões dos dirigentes partidários.
PT – Maior partido da coligação e que já governa Candiota por três mandatos seguidos, o Partido dos Trabalhadores (PT) novamente consegue emplacar a cabeça de chapa, indicando o atual prefeito Adriano para uma pré-candidatura à reeleição e por conseguinte na tentativa de um quarto mandato.
O presidente da sigla, Renatão Cunha, avaliou na ocasião que a expectativa do partido não era outra, senão a repetição da aliança. “Porque aqui tudo é construído coletivamente, num debate longo, maduro e sem atropelos. É uma união de verdade, basta olhar tudo que aconteceu nos últimos três anos em meio. Tudo é coletivo, até mesmo as decisões do governo, que consulta a população antes de realizar obras. Nosso grupo está mais unido do que nunca”, resumiu Renatão.
PTB – Reorganizado em 2016, quando teve o aporte de muitos membros do PDT (quando este decidiu se aliar ao MDB), dentre eles o atual vice-prefeito Gil Deison, o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) também neste ano recebeu filiados de mais peso, inclusive ganhando pela primeira vez assento na Câmara de Vereadores, com a vinda do vereador DinossanePech, que saiu do PSDB.
Para o presidente petebista, ex-secretário Fabiano Aquere, a decisão do partido não poderia ser outra, pois, segundo ele, o pensamento sempre foi numa aliança de oito anos. “Nossa decisão foi unânime. Aqui todos sabem que possuem um parceiro fiel”, afirmou Fabiano.
PCdoB – Para o dirigente do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) de Candiota, Adilson Garcia, que na oportunidade representou a direção da sigla, afirmou que o partido já havia definido há tempos que fazia parte do projeto e que agora é uma continuidade daquilo que já deu certo. “Neste cenário difícil em nível nacional, de muitas incertezas, aqui em Candiota as forças progressistas se mantém coesas”, resumiu.
PSB – Tendo assumido pela primeira vez uma cadeira no Legislativo, com o suplente Darlan Oliveira, o Partido Socialista Brasileiro (PSB), avalia, conforme seu presidente Everton Morales, que o ato era apenas protocolar, pois a união já estava selada. “Para nós a condição é estarmos juntos com partidos do campo democrático e popular. Decidimos seguir na aliança também por causa das ações do atual governo municipal, que vai na contramão do que faz o governo federal. Aqui valorizamos a educação, a saúde da população, os trabalhadores. Não teria como não estarmos juntos”, avalia Everton, que reforçou que a aliança também tem caráter de defesa da democracia.
PDT – Lembrando que o Partido Democrático Trabalhista (PDT) fez parte de uma aliança com o MDB nas últimas eleições, inclusive indicando a candidata a vice-prefeitura, e logo no início deste governo integrou a oposição, o presidente da sigla no município, ex-secretário Sérgio Marques, confessou que havia sim certa desconfiança no início sobre Adriano e Gil Deison, pela juventude e inexperiência, entretanto, conforme ele, após o PDT conhecer o projeto e passar a integrá-lo, tudo ficou mais claro. “São dois jovens determinados a fazer o melhor por Candiota. Os investimentos em educação e cultura foram determinantes para nossa adesão e o PDT sempre estará ao lado de gestores que priorizam as pessoas. Outro fator é que o debate aqui é sempre no coletivo e jamais no individual”, assinalou Sérgio.
ADRIANO E GIL DEISON – Presentes ao ato, o prefeito e vice-prefeito atuais e agora pré-candidatos à reeleição também falaram sobre as decisões dos partidos.
Gil Deison agradeceu a confiança dos partidos em renovar o apoio e lembrou novamente a pecha que ele e Adriano carregaram no início por não terem experiência, mas que, segundo Gil Deison, isso foi superado com o trabalho realizado. “Será uma eleição difícil, nós sabemos, mas tenho muito orgulho de estar ao lado de Adriano e destes partidos. Ao longo de nossa caminhada na administração muito mais gente se uniu a nós do que nos deixou”, disse.
Emocionado, Adriano reafirmou a importância daquele dia em que os partidos oficializavam o apoio, reforçando que o debate sempre foi coletivo e sem nenhuma imposição. “Hoje saímos daqui fortalecidos. Este ato consolida não só o trabalho, mas o entendimento que ele está dando certo. Carrego a responsabilidade mais uma vez de representar a todos e todas”, afirmou.
ADVERSÁRIOS – Já há alguns meses, MDB, PSDB e Progressistas (antigo PP), lançaram, durante uma visita ao TP, o nome do ex-prefeito Luiz Carlos Folador como pré-candidato desta aliança a prefeito. O nome do pré-candidato a vice-prefeito ainda não está definido, sendo que será escolhido entre Paulinho Brum e Cleider Fonseca (ambos do PSDB).
Da mesma forma, o PSOL, que já inaugurou sua sede no centro de Candiota, lançou a pré-candidatura a prefeito do jovem eletricitário José Giodâni Silva Dorneles, o Pimenta, sem ainda também uma definição de qual será o nome para a vice-prefeitura.