Eleições e pandemia

* Marco Antônio Ballejo Canto

É muito fácil escrever uma coluna em tempos de normalidade. Atualmente, não tem sido das coisas mais fáceis. Quando esti­vermos próximos das elei­ções deverá ficar melhor.

A eleição nos Estados Unidos pode definir muitos futuros. Donald Trump tentará ser reeleito pelo Partido Re­publicado e o Partido Demo­crata concorre com o vice de Barack Obama, Joe Biden, que já foi eleito senador seis vezes e vice-presidente duas vezes. A eleição americana colocará em confronto um empresário e investidor de muitos empreendimentos contra um político. Trump é um sujeito arrogante, prepo­tente, pedante, falastrão, mas bom de negócios. Quando foi preciso um presidente para enfrentar a pandemia, um fracasso. Em qualquer área, exceto na economia, seu governo é inexpressivo. Porém, pesarão os bons resultados obtidos na economia antes da pandemia. Joe Biden foi o vice de Obama e este não foi nem bom, nem ruim. Foi menos do que prometia e não conseguiu emplacar a sucessora quatro anos atrás, Hilary Clinton. Nas pesquisas, Biden aparece em primeiro e se eleição fosse hoje é bem possível que ganhasse, embora pelo sistema deles não basta fazer mais votos para ganhar, é preciso vencer nos estados e cada um tem um peso.

Nos Estados Unidos, os democratas são de direita e os republicanos mais a direita. Quem quer que ganhe não muda muito. O que poderá mudar é o estilo do go­vernante, em nível planetário e no Brasil. Por aqui, se Trump perder, vamos encaminhar a próxima eleição para presidente no campo da política, uma vez que o estilo grotesco do atual presidente, sem a parceria do colega norte-americano, perderá muito do seu efeito. Se Trump ganhar, o presidente brasileiro terá uma sobrevida e seu futuro vai depender da conjuntura econômica.

O presidente brasileiro pegou a Covid que procu­rava faz tempo, não sabemos se pela primeira vez, mas parece que alguém avisou o presidente que era melhor dizer que pegou para não se complicar ainda mais. Deve estar torcendo para que a pneumonia do presidente da Federação das Indústrias de São Paulo, que esteve com ele, passe logo. Covid que os mais pobres tenham pego com o presidente não causarão maiores problemas para ele que já tem quase oitenta mil mortes no colo, como ele mesmo falou.

Por falar em coronavírus, notei que a região vem apresentando números mais expressivos que tempo atrás. Há quem acredite na “conversa mole” de que todos vão pegar. Quem afirma isso é ignorante ou imbecil. Não há registro na história de que todos, num país do tamanho do Brasil, tenham pego a mesma doença, nem a gripe espanhola, H1N1, nem a tuberculose, dengue ou peste bubônica. Nem os índios das Américas que não tinham defesas nem remédios para as doenças de brancos eu­ropeus foram dizimados totalmente.

* Prefeito de Hulha Negra por três mandatos e Auditor aposentado do Ministério do Trabalho

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