AFASTAMENTO DE DIVALDO

Em entrevista coletiva, novo prefeito de Bagé disse acreditar na inocência de Dilvaldo Lara e que nada muda na Prefeitura

Manoel Machado (PSL) deu entrevista ao lado do procurador do município e do presidente da Câmara Foto: Munique Monteiro/Especial TP

Na tarde desta sexta-feira (27), o agora prefeito de Bagé, Manoel Machado (PSL), recebeu a imprensa em seu gabinete para uma coletiva, a fim de falar de forma oficial sobre o afastamento do prefeito Divaldo Lara (PTB).

O ato, além de esclarecimentos, foi também para demonstrar unidade da base aliada e transparecer o máximo possível de serenidade e de que, pelo menos por enquanto, nada muda nos rumos do governo bageense.

Acompanhado do procurador jurídico do município, Heitor Gularte, do presidente da Câmara de Vereadores de Bagé, vereador Esquerda Carneiro (PTB), e de secretários municipais e vereadores da base governista, o novo chefe do Executivo bageense disse que acredita na inocência de Lara e garantiu que nada mudará durante o período que estiver no cargo.

Machado iniciou sua fala lembrando do papel do vice-prefeito, que na necessidade é o primeiro a substituir o mandatário supremo, e que sempre esteve preparado para isso, porém, confessa que não gostaria de assumir nessa condição, lamentando a situação vivida pelo prefeito afastado. Afirmando que prima e respeita as instituições, enfatiza que a medida que afastou Lara é monocrática, ou seja, apenas um desembargador decidiu e, portanto, acredita que diante de recurso pode haver reversão. “Divaldo com a sua habilidade saberá conduzir o processo, aliando pessoas que tenham preparo para defendê-lo. Acredito que sairá bem dessa, provará sua inocência”, disse, demonstrando que crê que não houve nenhuma irregularidade.

Sobre a possível troca de secretários e servidores, teceu elogios à equipe e foi enfático. “A equipe segue a mesma, não mudará nada até que se esgote todas as possibilidades de retorno do prefeito eleito. Esse é o compromisso que assumi”.

Afirmando que tudo seguirá na mesma ordem, de maneira normal, e que aguarda um desfecho rápido para o retorno de Divaldo Lara para o cargo. Questionado se sofrerá interferência do afastado, ele afirma que seguirá as recomendações da Justiça. “Não vamos desobedecer, não existe essa possibilidade”, garantiu.

Segundo esclareceu Machado o governo de Bagé pretendia pagar junto com a folha deste mês, a antecipação de 50% do 13º salário aos servidores, porém, por conta de pouca arrecadação em setembro, a medida não poderá ser realizada. Ele lembra que não existe a obrigatoriedade desta medida, mas que existia essa perspectiva, mas por conta de pouco recurso se optou por depositar apenas 25%.

Sobre o concurso municipal e demais ações já anunciadas pela Prefeitura, destacou que tudo será mantido da mesma forma.

Entrevista reuniu secretários municipais e aliados do governo, numa demonstração de unidade Foto: Munique Monteiro/Especial TP

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