PREOCUPAÇÃO

Episódio com Samu em Pinheiro Machado, reforça necessidade de placas de identificação na zona rural

A responsável pela unidade explicou os fatores que influenciaram no tempo de atendimento

Vereadora Magda Afonso (PDT) disse que já havia registrado o pedido de providência em 2021 Foto: Divulgação TP

Durante sessão ordinária desta terça-feira (28) em Pinheiro Machado, a vereadora professora Magda Afonso (PDT) comentou sobre um pedido de providência que havia registrado em 2021 para que o Executivo instalasse placas de identificação nas localidades do interior do município visto ser muito extenso e causar problemas para quem não conhece a área. Na oportunidade, ela acabou citando um caso inusitado ocorrido há poucos dias onde um morador sofreu um acidente e esperou várias horas por atendimento no Alto Bonito. Minutos depois do encerramento da sessão, o assunto também começou a repercutir nas redes sociais.

POLÊMICA – O ex-vereador Mateus Garcia (PDT) utilizou o Facebook para falar sobre o caso e reforçar o pedido de placas de identificação. Ele contou que a vítima de um acidente de moto estava com fraturas e esperou mais de cinco horas para ser socorrida à beira da estrada e mais de duas horas para chegar até o Pronto Socorro.

Ainda nesse relato, a publicação causou um certo desconforto e muitas críticas porque Garcia citou também a necessidade de capacitação dos motoristas. “Não se trata de criticar por criticar, mas encontrar soluções, por exemplo, a localização pelo WhatsApp pode ser alternativa, placas de sinalização, e capacitação para os condutores conhecerem melhor o município”, escreveu e justificou tratar-se de uma crítica construtiva. Na mesma postagem, o prefeito Ronaldo Madruga disse que, naquele caso, o motorista do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) errou o caminho e não foi algo intencional – caso fosse ele mesmo teria chamado atenção da equipe. O gestor ainda concluiu dizendo que todos os servidores repudiavam tal manifestação e que sua equipe já está providenciando as melhorias necessárias em relação à identificação das localidades no interior.

O FATO – O jornal entrou em contato com a responsável interina pelo Samu de Pinheiro Machado, enfermeira Rosane Pires, para esclarecer sobre o longo tempo de espera da vítima. Segundo contou, em 20 de março, a equipe foi deslocada às 20h35 para o local do acidente, após receber autorização da regulação em Pelotas.

De acordo com o relato, além de tratar-se de deslocamento noturno por estradas com acessos secundários, as condições de trafegabilidade não eram favoráveis para uma ambulância de porte grande, em um percurso de aproximadamente 94km e sem identificação nas localidades. “O paciente estava lúcido e orientado, com provável fratura, foi imobilizado conforme protocolo e encaminhado ao Pronto Atendimento, referência do Samu. Já a falta de sinalização é um agravante até na zona urbana e, naquela noite, o motorista entrou em um acesso antes da localidade tendo que retornar para a estrada principal.O local era distante, o que ocasiona mais tempo que o normal,e foi um retorno demorado porque o paciente não apresentava risco eminente de vida, mas sim uma possível fratura e se demora mais no transporte para que seja evitada uma lesão maior durante esse trajeto”, esclareceu.

Ainda segundo a enfermeira, a equipe atua sempre do mesmo modo: zelando pelo atendimento e pelo respeito a todos os pacientes que precisam de socorro.

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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