Uma feira consolidada e extremamente agregadora. Foi assim que o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco), Edemundo Gressler, descreveu a 38ª edição da Feovelha de Pinheiro Machado.
Conforme avaliou, o que havia disponível era o que de melhor os cabanheiros e produtores tinham em suas propriedades rurais. “Ninguém traz para um evento dessa importância e magnitude algo mais ou menos, a alta qualidade genética foi realmente um destaque. O que havia aqui para participar dos remates e julgamentos era o que se tinha de melhor na região”, disse.
Neste ano, ainda em razão da pandemia do coronavírus e do aumento de casos de Covid-19 em todo Estado, a Feovelha continuou com foco exclusivamente técnico e comercial. Remates, julgamentos, reuniões, palestras, 2º Feirão do Comércio, 1º Bagualão da Zona Sul e atividades promovidas pela Emater integraram a programação oficial. Ainda assim, a organização registrou um público satisfatório durante os quatro dias de evento, de 27 a 30 de janeiro, no Parque Charrua. Houve um investimento em transmissões ao vivo, por entender que a dinâmica híbrida chegou para ficar e possibilita integração, mais participação e oportunidade de efetivar negócios mesmo sem sair de casa.
Neste domingo (30), os relatórios dos escritórios de remates e do próprio Sindicato Rural de Pinheiro Machado, que promove o evento durante todos esses anos, apresentaram os números finais de faturamento. Durante o Rematão, carro-chefe da Feovelha, foram comercializados 1.345 animais e total de R$ 473.385,00. No remate de carneiros, 130 ovinos foram vendidos, somando R$ 390.525,00. No total, a 38ª Feovelha comercializou 1.475 animais, faturamento de R$ 863.910,00 e média geral de R$ 585,70 – aumento superior a 6% em relação à edição anterior.
Conforme avaliou o zootecnista e membro da diretoria do Sindicato Rural, Pablo Costa, que há 12 anos organiza o rebanho geral inscrito no evento, a avaliação é positiva. “Em 2022 nos chamou atenção a boa qualidade genética e também a homogeneidade dos animais que os produtores rurais trouxeram para o evento. Parece que ao longo dos últimos anos os produtores têm entendido que é necessário investir em genética, em sanidade e em nutrição e isso tem se evidenciado à medida que a cada ano os animais apresentam melhor padrão zootécnico, com características raciais condizentes com as mais distintas raças que são ofertadas nos leilões durante a Feovelha”, afirmou.
Segundo os organizadores, de um modo geral, a 38ª Feovelha foi um sucesso – contou com importantes patrocínios e o apoio primordial do Poder Público, que entendeu a necessidade de uma atenção especial e permanente aos ovinocultores. “A Feovelha é uma jovem que a gente precisa acolher, ela precisa de todos nós. Coisa boa é ir em festa alheia, porque não se tem compromisso nenhum, só que nós que viemos nesta festa chamada Feovelha temos que entender que ela é nossa. É uma construção coletiva, onde cada um dá o seu melhor para que ela se mantenha viva e assim continuaremos”, finalizou o presidente da Arco.
Ele também fez questão de lembrar, inclusive para ele que é produtor rural, que a 39ª edição já começou.