PELO CARVÃO

Frente Parlamentar do Carvão Mineral e do Polo Carboquímico do RS será criada na Assembleia Legislativa

Proponente da Frente, deputado Fábio Branco (MDB) concluiu a coleta de assinaturas no fim da tarde desta terça-feira (28)

Deputado diz que as termelétricas são confiáveis e necessárias para suprir a demanda do Estado Foto: Celso Bender/Agência ALRS/Especial TP

O deputado estadual Fábio Branco (MDB) concluiu, nesta terça-feira (28), a coleta das assinaturas necessárias para a criação da Frente Parlamentar do Carvão Mineral e do Polo Carboquímico do RS. Os objetivos são avaliar o futuro da geração de energia a partir das usinas termelétricas no Rio Grande do Sul e no Brasil, além de discutir os novos aproveitamentos para o carvão mineral, sobretudo a partir da indústria carboquímica.

Proponente da Frente, o deputado argumenta que apesar da necessidade de incentivar a geração de energia a partir de fontes renováveis, as termelétricas são confiáveis e necessárias para suprir a demanda do Estado.

“Especialistas afirmam que o carvão continuará com fatia importante da matriz energética mundial, pelo menos, até 2040. Esses mesmos técnicos afirmam que há tecnologia disponível nos dias de hoje para executar as atividades de mineração e produção de energia com impactos ambientais bem menores do que no passado. É esse tipo de discussão, no âmbito técnico, que queremos estabelecer no parlamento”, justifica Fábio.

POLO CARBOQUÍMICO – Instituído pela Lei Nº 15.047/2017, o Polo Carboquímico do Rio Grande do Sul tem a intenção de incentivar o uso diversificado do carvão no Estado, reduzindo a dependência externa de insumos para a agropecuária e a indústria. O projeto pretende promover o desenvolvimento econômico sustentável a partir do uso do carvão mineral.

A proposta prevê dois complexos: um na região da Campanha (Aceguá, Bagé, Caçapava do Sul, Candiota, Dom Pedrito, Hulha Negra, Lavras do Sul, Pinheiro Machado e Pedras Altas) e outro no Baixo Jacuí (Arroio dos Ratos, Barão do Triunfo, Butiá, Charqueadas, Eldorado do Sul, General Câmara, Minas do Leão, São Jerônimo e Triunfo).

O projeto também cria o programa de incentivo ao uso sustentável e diversificado do carvão mineral do Rio Grande do Sul (Procarvão – RS). A proposta é ampliar a formação de mão de obra, com a criação e a implantação de cursos técnicos, tecnológicos e de educação continuada.

As reservas de carvão do Brasil são três vezes maiores que as de petróleo. Cerca de 90% dessa riqueza fica aqui no Rio Grande do Sul. “Se o Brasil discute tanto o pré-sal, é inconcebível que continuemos de olhos fechados para o carvão e suas inúmeras possibilidades além da produção de energia elétrica”, conclui Fábio, que presidirá a frente.

A proposta contou com a adesão de outros 29 deputados, de diferentes partidos.

Comentários do Facebook