
Alunos do curso de pedreiro já em trabalho no prédio do antigo açougue Foto: Divulgação TP
A realidade de duas famílias de Candiota está sendo alterada. Elas serão beneficiadas com parte da reforma de um espaço para moradia e com a construção de uma pequena casa. As obras começaram pela reforma do local que sediou um açougue há alguns anos na Vila Residencial e está sendo realizada por alunos de um curso básico de pedreiro que está sendo ofertado pela Secretaria de Assistência e Inclusão Social de Candiota.
“Além da questão da qualificação, hoje oferecemos oportunidade a uma família de ter uma moradia digna por meio dos alunos do curso e do material”, disse o secretário Leo Lopes.
Ele explicou também, que a família foi escolhida pelo prefeito Folador. “No começo do ano aprovamos na Câmara a cedência daquele espaço a uma família e que até agora não havia conseguido iniciar a reforma para adequar o local, e para a parte prática do curso, precisávamos de um canteiro de obras, foi quando levei pra ele a ideia de fazer uma casa para uma família atingida por algum incidente e ele pediu que a gente fizesse aquela do açougue”, argumentou o secretário.
“Estamos unindo a possibilidade de oferecer qualificação profissional e ainda esses futuros profissionais estão colaborando com a sociedade, ajudando famílias que hoje necessitam de apoio. Gratidão a todos os envolvidos”, finaliza o prefeito Luiz Carlos Folador.
A reportagem do Tribuna do Pampa conversou com as duas famílias contempladas com as ações do projeto Construindo um sonho, que falaram sobre a alegria das moradias.

Miria Leal Foto: Divulgação TP
CASA – Miria Pereira Leal, de 43 anos, moradora da sede de Candiota, vai ser contemplada com a construção de uma moradia por meio do curso de pedreiro, do qual ela também participa e diz estar gostando do aprendizado. “Sou cozinheira, mas quando me falaram que teria o curso eu fui fazer minha inscrição, pois sempre quis aprender alguma coisa dessa área. O curso está sendo bastante produtivo, o professor Fábio Osório não mede esforços para ensinar a turma. Até o momento não tive grandes dificuldades, creio que ótimos profissionais sairão após esse curso”, disse Miria.
Sobre a casa, a candiotense que vive de aluguel e já passou por dificuldades, inclusive diante do desemprego e precisou de aluguel social, disse que quase não acreditou ao saber da notícia. “Não sei explicar o que senti de tão feliz que fiquei, o sentimento é de gratidão e alívio por saber que terei minha casa. Além disso, estou me dedicando muito ao curso e depois eu mesma posso terminar alguma coisa na casa, pois saberei fazer”, conta Miria.

Maristela Oliveira Foto: Divulgação TP
REFORMA – Maristela Martinez de Oliveira Coelho, 45 anos, reside na Vila Residencial e, após concluída a reforma do prédio do antigo açougue, deverá se mudar para o local. A diarista, que atualmente paga aluguel, disse estar muito agradecida com esse auxílio recebido através do curso, pois irá agilizar sua mudança para o prédio.
Conforme ela explicou, diante de dificuldades, sugeriu ao Executivo a reforma do prédio que se encontrava em condições quase inabitáveis, mediante a cedência do espaço. “Já havia tentado adquirir minha casa nos residências e não havia conseguido. Durante uma reunião com o prefeito Folador e o vice Paulinho, pedi o espaço do antigo açougue. Passou pela Câmara e fizemos um contrato, onde me comprometi em reformar o lugar e receberia algum auxílio da Prefeitura. Comecei comprando as aberturas e ao ver com o prefeito se receberia, de fato, o cimento, recebi a notícia do auxílio na reforma. Com isso, paredes foram feitas, aberturas fechadas, o curso de pedreiro veio numa hora boa porque estamos passando por momentos bem difíceis”, explicou Maristela.
Sobre o avanço da obra, ela fala em sonho. “Estamos na expectativa e ansiosos de chegar o dia de sairmos do aluguel. Vai demorar um pouco, mas já está mais perto de realizarmos um sonho. Somos muito gratos pela ajuda que a Prefeitura deu com esses materiais, depois que terminar o curso vamos continuar na reforma, pois há muito a ser feito. Mas quando for finalizada, nos mudamos. O contrato prevê um valor baixo mensal para ocupar o lugar, fato que nos deixa aliviados pela redução do valor que precisamos dispor atualmente”, relatou a candiotense.
* Originalmente este conteúdo foi publicado no jornal impresso