PINHEIRO MACHADO

Moradores e comerciantes pinheirenses reclamam de quedas constantes de energia num ponto específico da cidade

A Equatorial Energia promete averiguar a situação para tomar medidas

O problema está localizado num transformador, na região do Posto Balinhas Foto: Divulgação TP

É nessa de cai energia, fica em meia fase ou no chamado pisca-pisca, que moradores e comerciantes de um trecho da avenida Protásio Alves (próximo ao Posto dos Balinhas), em Pinheiro Machado, resolveram se mobilizar para pedir mais atenção da concessionária, a Equatorial Energia.

O vereador Cássio Garcia (Progressistas), também está envolvido na situação, tentando uma solução. Esta semana, moradores e comerciantes, assim como o parlamentar, procuraram o TP para relatarem a angústia e problemas que a situação vem gerando.

Na manhã da última segunda-feira (11), a região ficou novamente sem energia. Um pessoal terceirizado pela Equatorial esteve no local e restabeleceu energia. A queda de energia também foi verificada no domingo (10). “É isso que tem acontecido com frequência. Somente numa quadra são seis comércios prejudicados. Eles estão desesperados com a situação. Temos pedido atenção para a Equatorial, mandamos fotos, mas ainda não se tem uma solução definitiva”, relata o vereador.

Os relatos das pessoas com quem o jornal conversou, é de que o problema parece estar ligado a um transformador que há na localidade, pois a partir dele que ocorrem curtos-circuitos e logo em seguida falta energia ou alguma avaria elétrica. Há relatos de queima de aparelhos eletrodomésticos, eletroeletrônicos e perda de mercadorias. Os problemas acontecem há mais de um mês de forma recorrente, segundo os depoimentos colhidos.

PREJUÍZOS – A comerciante Fernanda Belis, que possui um mini-mercado nas imediações, assinalou que está indignada com a situação, porque, conforme ela, o mínimo que se espera é um serviço de mais qualidade, já que o que se paga é alto. “Pagamos em dia e se atrasamos, tem juros e até o corte da energia. É sempre no mesmo lugar, no transformador em frente a GG Gás. Ali pega fogo nos fios, eles vêm, consertam e volta acontecer. Eu já perdi laticínios e frios em geral. Quem ressarce isso?”, questiona, dizendo que assim fica muito difícil de trabalhar.

A proprietária de uma padaria na região, Lindalva Alves da Costa, que é mãe do vereador Fabrício Alves (que também está reivindicando melhorias), reforçou a situação e a classificou como péssima. “Isso está causando queima de máquinas. Muitas vezes nem está chovendo e a falta de luz acontece. Como trabalho com produção e comercialização de pães, na maioria das vezes deixamos de vender por não conseguir produzir nada”, se queixa a empresária.

Para a família da moradora Marilene de Melo Garcia, além de cinco aparelhos queimados, também restou um grande susto. Segundo a filha Nilce, certo dia, após um estouro, as luzes seguiram acesas, porém a rede já estava em meia fase. Quando viram, a televisão da cozinha saia fumaça e o transformador da televisão do quarto, onde as crianças jogavam, havia saltado longe. “As quedas acontecem duas ou três vezes por mês. Em relação aos aparelhos perdidos, entramos na Justiça e estamos readquirindo aos poucos. Agora, qualquer oscilação, corremos e tiramos tudo das tomadas”, conta Nilce.

Outra situação reclamada pelas pessoas é que no tempo da CEEE estatal, havia uma equipe plantonista em Pinheiro Machado e hoje, quando há qualquer problema, precisa deslocar técnicos de Bagé (que fica a 90km), o que demora ainda mais a resolução dos problemas.

VAI AVERIGUAR – O TP entrou em contado com a Assessoria de Comunicação da Equatorial, relatando o assunto. A empresa afirmou que na última interrupção foi restabelecido rapidamente o fornecimento após reparo em equipamento, contudo promete averiguar melhor a situação. “No entanto, devido ao relato de várias ocorrências informado por moradores, a empresa realizará um estudo técnico para avaliar as frequentes interrupções e tomar as medidas necessárias para mitigá-las, tais como podas, reparos ou substituições de equipamentos”, destaca a nota enviada ao jornal.

* Originalmente este conteúdo foi publicado no jornal impresso

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