DIA INTERNACIONAL DA MULHER

“Mulheres devem pensar em qualificação profissional”, orienta coordenadora do Sine Candiota

Márcia Teixeira atua no Sine Candiota há menos de um mês Foto: Divulgação TP

A oferta de empregos, geralmente com foco maior no público masculino, também é motivo de lutas e se intensifica nesta época do ano com o Dia Internacional da Mulher. O jornal conversou com a coordenadora do Sine de Candiota, Marcia Teixeira de Carvalho para falar sobre a pauta – ela é técnica em administração e bacharel em Ciências Contábeis, já tendo iniciado no mercado de trabalho como estagiária e atuado, posteriormente, em loja de departamentos e loja moveleira por 12 anos, além de ser consultora Mary kay e estar na fase final de abertura de um negócio próprio.

Há cerca de apenas meio mês no cargo, ela confirmou uma maior oferta de vagas para homens do que mulheres, porém diz acreditar que em Candiota a relação possa estar com o cenário de usinas. “Vivemos em uma cidade rodeada por usinas a carvão e muitos cargos ainda são destinados aos homens. As mulheres também poderiam atuar nos mesmos locais apesar de algumas empresas ainda preferirem os cargos ocupados pelo homens, mas vejo falta de qualificação por parte das mulheres. Esse caminho pode ser corrigido, mas elas precisam se capacitar para ocupar esse mercado de trabalho. Não existe linha de chegada sem o primeiro passo”, explicou Marcia.

A coordenadora também falou sobre a necessidade de adaptações e de se reinventar, fazendo referência a percepções particulares como mulher. “Hoje, por exemplo, tem vaga no Sine para nutricionista com ensino superior e cozinheira que não exige graduação e a procura é muito baixa. Nós mulheres devemos nos reinventar e criar oportunidades para nós mesmas em outras áreas. Particularmente acho que não faltam oportunidades para as mulheres, pois oportunidade é a gente quem faz, nos criamos nossa caminhada, nossa trajetória profissional. Não podemos ficar esperando por oportunidades que podem nunca aparecer, acredito que temos que batalhar para que possamos estar onde quisermos estar”, afirmou a coordenadora.

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