CENSO 2022

Na região, somente Candiota e Bagé tem crescimento populacional

Em relação ao Censo de 2010, Candiota tem alta de 18,1% e Pinheiro Machado tem o maior decréscimo com 13,7% menos pessoas

Em 12 anos, Pinheiro Machado perdeu mais de 1,5 mil pessoas Foto: Divulgação TP

Em 1º de agosto de 2022, o Brasil tinha 203.062.512 habitantes. Desde 2010, quando foi realizado o Censo Demográfico anterior, a população do país cresceu 6,5%, ou 12.306.713 pessoas a mais. Isso resulta em uma taxa de crescimento anual de 0,52%, a menor já observada desde o início da série histórica iniciada em 1872, ano da primeira operação censitária do país. Os dados são dos primeiros resultados do Censo Demográfico de 2022, divulgados esta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
Nos 150 anos que separam a primeira operação censitária da última, o Brasil aumentou a sua população em mais de 20 vezes: ao todo, um acréscimo de 193,1 milhões de habitantes. O maior crescimento, em números absolutos, foi registrado entre as décadas de 1970 e 1980, quando houve uma adição de 27,8 milhões de pessoas. Mas a série histórica do Censo mostra que a média anual de crescimento vem diminuindo desde a década de 1960. “Em 2022, a taxa de crescimento anual foi reduzida para menos da metade do que era em 2010 (1,17%)”, afirma o coordenador técnico do Censo, Luciano Duarte.
O Rio Grande do Sul também cresceu pouco em termos de população, se comparado a 2010. Lá eram 10.693.929 pessoas e agora 10.880.506 gaúchos e gaúchas. A capital Porto Alegre segue sendo a cidade mais populosa, apesar de ter perdido habitantes nos últimos 12 anos, estando com pouco mais de 1,3 milhão. A menor cidade do RS é André da Rocha (7ª menor do Brasil), com apenas 1.135 pessoas.
CANDIOTA – Apenas Candiota experimentou um crescimento populacional significativo na região. De 2010 para cá, duas novas usinas termoelétricas foram inauguradas (Pampa Sul e Fase C) e isso explica em grande medida este salto. A Capital Nacional do Carvão, que neste momento vive uma incerteza em relação a sua principal riqueza, saiu de 8.771 pessoas em 2010 para 10.710 agora em 2022. Isso vai render à Prefeitura um aumento na arrecadação de cerca de R$ 4 milhões anuais, pois o município mudou a faixa populacional em relação a arrecadação do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Bagé também teve aumento populacional, mas ínfimo, inclusive abaixo das projeções anuais que estimavam a maior cidade da região com mais de 120 mil habitantes. Na real, a Rainha da Fronteira está com quase 118 mil. Bagé deve perder arrecadação de FPM.
MENOS GENTE – As demais cidades da região analisadas pelo TP, em sua totalidade apresentaram queda em suas populações, com destaque para Pinheiro Machado, que perdeu nesses 12 anos, mais de 1,5 mil pessoas, ou seja, quase 14%.
Somados os municípios analisados pelo jornal (ver quadro), tinham uma população total de 224.165 pessoas e agora somos 219.800 – 4.365 a menos que em 2010. Ainda, Pinheiro Machado é a cidade brasileira (isso mesmo de todo o Brasil) com o menor número de pessoas por moradia. O município tem um índice de 2,29 por residência.
DENSIDADE – Outro índice que chama a atenção em todos os municípios analisados, é a baixíssima densidade demográfica, ou seja, de habitantes por km². A região possui 21.513 km² e uma densidade de 10,21 hab/km². A maior densidade regional é Bagé com 28,8 hab/km² e a menor é Pedras Altas com 1,5. A taxa brasileira é de 23,86 hab/km² e no RS é de 38,62.
ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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