MULHERES DO NOSSO BAIRRO

Projeto realiza sonhos em Hulha Negra e Candiota

Inscrições estão abertas para o segundo edital de apoio financeiro para empreendimentos femininos

A ganhadora de Hulha Negra do Projeto Mulheres do Nosso Bairro com seu novo ateliê finalizado e o azulejo do projeto na parede Foto: Simôni Costa/Especial TP

Quem hoje vê o sorriso estampado no rosto da em­preendedora hulhanegrense Mara Goretti Borges Quintana Domingues, orgulhosa com o seu novo ateliê de artesanato em lã crua e com o azulejo do projeto Mulhe­res do Nosso Bairro pendurado na parede, já imagina o impacto que o projeto causou no negócio e na vida dela, que há 16 anos se dedica a produzir manualmente peças de vestuário em lã.

Há pouco mais de um ano, a ENGIE Brasil Energia, companhia que opera a UTE Pampa Sul, lan­çou o projeto Mulheres do Nosso Bairro, como uma oportunidade de fomento ao empreendedorismo feminino com a oferta de cursos de qualificação profissional e um edi­tal para apoio financeiro para pro­jetos capitaneados por mulheres.

Após o período de inscri­ções, mais de 300 propostas de todo o Brasil foram recebidas e duas foram selecionadas na região de Pampa Sul: uma no município de Candiota e, a outra, em Hulha Negra. Foi a partir deste momento que a história da Goretti começou a mudar. “Eu nunca imaginei que se­ria escolhida, sabia da dificuldade de concorrer com ideias de todo o Brasil, mas elaborei o meu projeto com todo o amor e carinho, falan­do exatamente o que estávamos precisando e o que gostaríamos, que era o nosso sonho de reformar o ateliê de artesanato em lã crua e, a partir de então, também passar a oferecer oficinas para ajudar outras mulheres a também começar a pro­duzir as suas peças em lã e assim ter uma fonte de renda. Era um sonho, que hoje é uma realidade”, conta Goretti.

Novo ateliê impacta na produção de peças em lã crua e também permitirá a oferta de oficinas de lã para outras mulheres Foto: Simôni Costa/Especial TP

Ela evidencia que todo o processo do desenvolvimento do projeto foi muito tranquilo, com acompanhamento constante da equipe técnica da ENGIE, espe­cialmente da equipe do projeto. Agora, com o novo ateliê pronto, a expectativa é que as oficinas, ofere­cidas em parceria com a Prefeitura de Hulha Negra e o escritório da Emater-RS, que estão auxiliando na divulgação, seleção das partici­pantes e elaboração de um manual com as práticas da lã (lavagem, cardár e fiar), terão início a partir de janeiro de 2022, sendo que a partir de março, a proposta é realizar duas oficinas por mês. “A nossa vida mudou completamente. Além do ateliê novo, que agora tem um espaço maravilhoso para trabalhar­mos, tivemos mais visibilidade, tanto que logo vamos passar a fazer parte da rota turística do Museu da Lã, aumentando ainda mais as nossas vendas e, com as oficinas, poderemos transmitir nossos co­nhecimentos para outras mulheres interessadas” destaca Goretti.

EDITAL Outra boa notícia é que um novo edital está com inscrições abertas até 5 de novembro com o objetivo de selecionar 25 novos empreendimentos. Eles receberão aportes de R$ 10 mil reais bem como acompanhamento por espe­cialistas do Consulado da Mulher para a gestão de seus negócios. Além disso, serão selecionados três multiplicadoras que serão premiadas com a doação do valor individual de R$ 40 mil reais para que façam a replicação do conteúdo de gestão de negócios populares do Consulado da Mulher para, no mínimo, outros 25 nanoempreen­dimentos. Todas as informações do edital podem ser acessadas pelo site www.mulheresdonossobairro.com.br.

A gerente de Responsa­bilidade Social da ENGIE Brasil Energia, Luciane Pedro, conta sobre a expectativa da companhia em receber novos projetos com foco na geração de renda e protagonismo feminino. “A ENGIE idealizou o Mulheres do Nosso Bairro porque nós acreditamos que precisamos apoiar as mulheres nas comunida­des onde atuamos para que elas pos­sam se empoderar e ter resiliência diante desse difícil momento que estamos passando em função dos reflexos da pandemia. Entendemos que, para isso, precisamos focar na geração de renda para que essas comunidades possam enfrentar e superar as dificuldades da atualida­de”, destaca Luciane. Da região de atuação da UTE Pampa Sul, podem se inscrever mulheres dos municí­pios de Candiota e Hulha Negra. “O recado que eu tenho para todas as mulheres é que acreditem no seu sonho, no seu potencial e que não desistam. Esse projeto da ENGIE foi uma prova de que não podemos desistir jamais, tudo é uma questão de oportunidade”, finaliza Goretti.

 

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