Questões brasileiras

Todos que acompanham o que vêm acontecendo a nossa volta, recebemos informações que “parecem” ter fundamentos. Por exemplo, a questão da gasolina e do diesel terem preços colocados em razão de valores internacionais. Quem defende a razoabilidade desta lógica não propõe que os salários no Brasil sejam semelhantes aos salários pagos na Alemanha, nos Estados Unidos ou na Inglaterra. Se ganhássemos o que eles ganham por serviços equivalentes a gasolina a sete ou oito reais seria barata. O discurso para ser consistente deve vir acompanhado de informações consistentes. O resto é notícia falsa, fake news.
Também não tem fundamento não conceder reajustes salariais quando a receita de quem paga os salários aumenta. A receita do governo federal aumenta todos os anos e o atual governo está há quatro anos sem conceder reajustes aos servidores federais, apesar da inflação que este mesmo governo não consegue controlar, após ter ficado por cerca de 25 anos sob controle.
Outra questão do momento é a possibilidade de que ocorra fraude nas urnas. A distância que separa os principais candidatos é muito grande e possivelmente ficará maior. Isto deixa em grande agonia os que estão a fazer de tudo para questionar as urnas, mas na verdade estão procurando uma maneira de fraudar as urnas a seu favor. Porém, isto fica difícil quando o resultado lógico e evidente não está a favor de quem quer fraudar ou próximo de um empate técnico. Os que fraudaram as eleições de quatro anos atrás querem fraudar de novo e se puderem fraudarão.
O resultado da última eleição foi uma fraude, pois Sérgio Moro se fez de juiz mais honesto do mundo e cometeu todas as fraudes possíveis, com seus aliados, no processo que tirou Lula das eleições com condenações que foram anuladas. Como prêmio, virou ministro, tinha promessa de ir para o Supremo Tribunal Federal (STF) e uma possível candidatura a presidente. Moro só não levou em conta que estava sendo comprado e quem compra aqui não é confiável ali.
Sérgio Moro virou um fantoche de políticos; o mentor intelectual da família Bolsonaro, Olavo de Carvalho, morreu com Covid; o posto Ipiranga, Paulo Guedes, perdeu o controle da economia e o poder de superministro que teve um dia. Do primeiro escalão de uma época só falta confirmar o que neste momento parece encaminhado, a queda do presidente.
Finalmente, não deve sair a CPI da Petrobras. Seria a primeira vez na história do Brasil que o presidente pede para investigar a si mesmo. Afinal, todos os que seriam investigados foram indicados por ele. Os membros do Conselho da Petrobras não indicados pelo presidente não cabe investigar, estão no papel deles de obter o maior lucro, tirando tudo o que puderem de quem precisa comprar deles.

* Originalmente este conteúdo foi publicado no jornal impresso

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