O começo da primavera neste ano foi marcado por temporal, granizo e fortes chuvas na região. A mudança brusca no clima, deixou estragos em diversas residências, inclusive de Candiota.
No início desta semana, na segunda-feira (23), fortes ventos atingiram principalmente localidades do município como os bairros da Vila Operária, União, São Simão, João Emílio e Seival. Neste dia, destelhamento e alagamento de casas foram registradas, assim como árvores caídas. Com isso, a falta de energia e água foi inevitável nestas localidades, o que também afetou os moradores da sede do município. A Defesa Civil municipal, coordenada por Tiago Ferreira, começou o trabalho bem cedo, prestando auxílio para as famílias atingidas.
Nesta quarta-feira (25), Tiago, por meio de uma mensagem de voz, afirmou que a equipe continuava atendendo os chamados da população, e que a maior preocupação no momento era em relação a postes caídos nos pátios das residências, que com o restabelecimento da energia elétrica, estava apresentando risco aos moradores. “Também tivemos diversos relatos de pátios e casas alagadas, mas isso vamos repassando para a Secretaria de Obras para que verifiquem os boeiros, e tudo que possa escoar essa água”, disse ele, ressaltando que ainda haviam casas cobertas com lonas e que a equipe já estava começando a distribuir telhas que haviam ficado de reserva, principalmente na João Emílio, onde a situação foi mais grave.
Na João Emílio, árvore caiu em cima de muro e residência Foto: Sabrina Monteiro TP
O morador da Rua 1, na Vila Operária, Dienes Duarte e sua família, viveram o drama da casa ter sido invadida pela água e barro na última segunda-feira, depois da primeira grande enxurrada desta semana.
Ao procurar o TP, o morador relatou que o muro dos fundos estourou devido ao acúmulo de água que veio das ruas e invadiu os pátios, tendo atingido sua casa em cheio, entrando água pelos fundos e saindo na frente.
Dienes assinala que os bueiros obstruídos contribuíram bastante para o ocorrido. Ele e a família ficaram dois dias na casa de parentes e recém nesta quinta-feira (26), conseguiram voltar para casa, depois de uma limpeza.
Força da água derrubou o muro de uma residência na Vila Operária Foto: Divulgação TP
A Secretaria Municipal de Educação (Smed), suspendeu as aulas da Escola Municipal Neli Betemps durante toda esta semana, devido às avarias no prédio. Salas foram alagadas e houve destelhamento. Algumas escolas estaduais também tiveram as aulas suspensas no início da semana na cidade, e a 13ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), deixou a cargo de cada responsável avaliar a situação do educandário, sendo necessário informar o que cada um havia decidido.
Defesa Civil municipal começou a atuar desde as primeiras horas da manhã de segunda-feira (23) Foto: Sabrina Monteiro TP
FALTA DE ENERGIA E ÁGUA
As localidades mencionadas, enfrentaram mais de 24h sem energia, que é fornecida pela empresa Equatorial. Já o bairro São Simão, só teve o restabelecimento na tarde desta quarta-feira, pois alguns coqueiros caíram na fiação da rede e precisaram ser removidos para que o trabalho pudesse ser realizado.
Em nota enviada pela Equatorial na manhã desta quinta-feira, foi informado que na área de concessão cerca de 55 mil clientes estavam sem luz, incluindo cidades como Camaquã, Pelotas, Canguçu, Porto Alegre e Viamão. “Dois mil profissionais da Equatorial estão mobilizados desde o início deste evento climático para o atendimento à população nas áreas atingidas. E, agora, para esse apoio extraordinário, foram escaladas 100 equipes adicionais, com três a cinco colaboradores cada”.
Com a falta de energia no município, o problema de abastecimento de água também afetou a população. Em nota publicada na noite de segunda-feira, o prefeito Luiz Carlos Folador relatou que as equipes estavam trabalhando em diversas frentes de trabalho, tanto na zona urbana quanto na rural. O abastecimento de água foi restabelecido por completo na cidade na noite de terça-feira (24).
ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*
