SAÚDE

Trabalhador de Candiota é o primeiro caso confirmado de varíola dos macacos em Bagé

Além de outros sintomas, lesões na pele são mais indicativos da doença Foto: Divulgação TP

Na manhã desta quinta-feira (15), o secretário-adjunto de Saúde de Bagé, o médico Ricardo Necchi, confirmou o Tribuna do Pampa, os primeiros dois casos de varíola dos macacos, a monkeypox, na cidade.

Conforme Necchi, o caso considerado número zero, é de um trabalhador de uma metalúrgica de Candiota que esteve viagem a São Paulo e Porto Alegre há 15 dias. “A esposa desse homem, uma comerciante de 26 anos de Bagé, apresentou sintomas da monkeypox e procurou uma Unidade Básica de Saúde (UBS), ocasião em que teve material coletado e resultado positivo para a doença. A mulher, assim como a filha, também estão isoladas junto ao homem que não é mais considerado contaminante por não ter mais lesões. Em razão disso, ele não teve  material coletado para exame”, explicou Necchi.

O secretário-adjunto lembra que “apesar da doença não ter mortalidade muito grande, é incapacitante, pois as pessoas precisam ficar isoladas por um período de tempo grande até sumirem as lesões de pele, gerando transtorno para todos”.

Questionado pelo TP, Necchi disse que a orientação é de que a partir dos primeiros sintomas, que é um quadro viral com febre, mal estar, dor no corpo e lesões na pele, a pessoa procure rapidamente uma UBS para poder coletar material e ficar em isolamento até o resultado do exame que é encaminhado ao laboratório central do estado, o Lacen, e caso a doença se confirme, durante o período da doença.

O jornal também já está contatando a Secretaria de Saúde de Candiota para verificar possíveis ações preventivas e quanto aos colegas de trabalho do caso zero.

SOBRE A DOENÇA – De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a varíola dos macacos é uma zoonose causada pelo vírus monkeypox, do gênero Orthopoxvirus, pertencente à família Poxviridae. A essa família, também pertencem os vírus da varíola e o vírus Vaccínia, a partir do qual a vacina contra varíola foi desenvolvida.

Tradicionalmente, a varíola dos macacos é transmitida principalmente por contato direto ou indireto com sangue, fluidos corporais, lesões na pele ou mucosas de animais infectados. A transmissão secundária ou de pessoa a pessoa pode acontecer por contato próximo com secreções infectadas das vias respiratórias ou lesões na pele de uma pessoa infectada, ou com objetos contaminados recentemente com fluidos do paciente ou materiais da lesão. A transmissão ocorre principalmente por gotículas respiratórias. Esta enfermidade também é transmitida por inoculação ou através da placenta (varíola dos macacos congênita).

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