Miriam tem ministrado palestras relatando a sua superação do câncer de mama Foto: Divulgação TP
A programação do Outubro Rosa em Candiota iniciou no dia 14 de outubro, com um mutirão na Unidade Básica de Saúde (UBS)da João Emílio, com coleta de exame citopatológico (CP). Além dos mutirões, até o fim do mês também serão realizadas rodas de conversa e palestras sobre o tema.
O secretário de Saúde, Fabrício Moraes, o Bibi, destacou que a Secretaria de Saúde trabalha em cima do tema o ano todo, mas que em outubro, por ser um mês alusivo à campanha, é dado um destaque especial. “Hoje não temos fila de espera de mamografia e estamos sempre em alerta com as nossas enfermeiras, temos ginecologista no nosso município, em todas as localidades, nos preocupamos muito com as nossas mulheres”, afirmou.
PROGRAMAÇÃO COMPLETA
– 19/10 – Mutirão UBS Vila Operária (coleta de CP, mamografia, testes Rápidos e reiki)
– 20/10 – Roda de Conversa com Grupo Mulheres Empreendedoras na Garden, às 18h| enfermeira Ariadne Meira
– 22/10 – Conversa na Rádio Interativa, às 10h | enfermeira Ariadne Meira, vereadora Hulda Alves, enfermeira Adriana Munhoz e nutricionista Miriam Becker
25/10 – Palestra no Centro do Idoso | Outubro Rosa + Mês do Idoso
A importância de manter os exames em dia
A mamografia de rastreamento – exame de rotina em mulheres sem sinais e sintomas de câncer de mama – é recomendada pelo Ministério da Saúde que na faixa etária de 50 a 69 anos, seja feito a cada dois anos.
A nutricionista do município, Miriam Becker, que teve câncer de mama em 2020, falou da importância de manter a rotina de exames. “Eu não me considerava uma pessoa com fator de risco, pelo contrário, eu não tinha nenhum dos fatores de risco e principalmente por não ter casos de câncer de mama na família, eu acabava não fazendo os exames com a periodicidade que os médicos recomendam, porque eu jamais imaginaria que teria câncer de mama”, relatou.
Miriam contou que em abril de 2020, descobriu um caroço no seu seio esquerdo, em casa, através do autoexame, sem nenhum sintoma aparente, sem dor e sem qualquer alteração na mama. “Após mamografia e a ecografia mamária, recebi o diagnóstico de que era realmente câncer de mama”, contou.
Miriam alerta ainda dizendo que a doença é muito silenciosa e assintomática. “Por isso a importância de se fazer os exames dentro da periodicidade certa, quanto mais cedo é diagnosticado, maior é a chance de cura e apesar de ser da área da saúde, eu sofri muito com diagnóstico, tive muitos medos, mas principalmente da quimioterapia, mas ter descoberto antecipadamente foi fundamental”, falou.
Por fim, Miriam deixa uma mensagem para as mulheres que estão enfrentando a doença: “não tenham medo, não tenham vergonha e não encarem a doença como castigo, porque quando nós aceitamos e conseguimos falar sobre isso, nos permitimos a receber ajuda, e se você conhece alguém que está passando por isso, ofereça um abraço, um carinho, uma palavra de apoio, qualquer mensagem positiva é muito bem-vinda”, estimulou.
* Originalmente este conteúdo foi publicado no jornal impresso
