EXEMPLO

Ao comemorar 80 anos, candiotense dá exemplo de vitalidade e amor à vida

Há cerca de 35 anos, a eletricitária Marciana Dantas de Oliveira, perdeu a visão devido a uma doença genética, mas isso não a impede de nada

Você ainda possui 2 notícias no acesso gratuito. Efetue login ou assine para acesso completo.

Dona Marciana ao lado do seu companheiro de quase seis décadas, seu Jacinto Foto: J. André TP

A família da eletricitária aposentada Marciana Dantas de Oliveira estará em festa neste sábado (28). Ela comemora os seus 80 anos, completados no último dia 17. “Depois de minhas bodas de ouro em 2013, meu sonho era chegar com saúde e disposição para comemorar meus 80 anos. E cheguei”, conta ela, que esta semana esteve na redação do TP contando um pouco a sua bela história de vida.

Acometida aos 45 anos por uma doença visual genética, a retinose pigmentar (degenera as células da retina, que atrofiam e morrem), aos poucos, Marciana foi ficando cega. Por conta disso, se aposentou pela Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), quando trabalhava na Usina de Candiota.“Mas isso não me estorva em nada. Para mim a deficiência não existe. Consigo fazer tudo, inclusive cozinhar”, assinala.

Aliás, dona Marciana é vista de forma frequente no CTG Candeeiro do Pago, bem como em outros locais, dançando com destreza junto com o companheiro de quase seis décadas, o seu Jacinto Vieira de Oliveira, de 79 anos. “Não perdemos um baile”, brinca dona Marciana, que ainda faz aulas de gaita uma vez por semana, já dedilhando músicas gauchescas e sertanejas, além de adorar viajar.

O casal se conheceu em Bagé, quando ele já trabalhava desde 1961 na Usina Candiota I, tendo se aposentado também pela CEEE em 1997. Em 1963 casaram e em seguida vieram morar na Vila Residencial, onde permanecem até hoje. Da união nasceram os filhos Cledimar e Cléber, que lhes deram seis netos (Maicon, Roger, Cauã, Luna, Mateus e Ana Luiza) e três bisnetos (Maria Clara, Betina e Rafael).

Para celebrar os tão sonhados 80 anos, dona Marciana vai conseguir reunir praticamente toda a família – tanto do lado de sua mãe como do pai, numa festa que começa na noite de sábado, no clube do Grêmio Subtenentes e Sargentos de Bagé, e não tem hora para acabar. “É uma celebração à vida”, resume ela com um largo sorriso no rosto.

A deficiência visual não a impede de nada, inclusive de fazer aulas de gaita Foto: Arquivo Pessoal/Especial TP

Comentários do Facebook