LUTO

Candiota perde o histórico ex-vereador Gregório Ferreira

Ele foi o primeiro presidente da Câmara de Vereadores do município em 1993, empossando o primeiro prefeito

Gregório foi homenageado em vida, emprestando o seu nome para o plenário da Câmara de Vereadores Foto: Arquivo TP

Faleceu nesta madrugada em sua casa na localidade Seival, em Candiota, o histórico ex-vereador e morador da cidade Gregório Ferreira, aos 92 anos de idade. Nascido no Jaguarão Grande, na época Bagé e hoje Candiota, Gregório é de uma família tradicional e pioneira da região. Dos 17 filhos que o casal Francisco Xavier Ferreira e Maria das Neves Ferreira tiveram, oito faleceram ainda prematuros. Gregório era o caçula dos nove irmãos que se criaram.

Brizolista de marca e sinal, Gregório sempre foi muito ativo politicamente. Em 1961, com 34 anos, ele estava presente na inauguração da Usina Candiota I, com a presença do governador Leonel Brizola e o presidente João Goulart (Jango).

Gregório Ferreira presidiu o histórico Clube Santa Rosa de Seival, tendo ‘brigado’ muito pela conservação do prédio da entidade, contudo viu o tempo destruí-lo sem poder recuperá-lo. Foi sub-prefeito do Distrito de Seival no primeiro governo do prefeito Luís Alberto Vargas, na década de 1980 – quando Candiota ainda pertencia a Bagé. Foi membro da comissão de emancipação de Candiota, tendo sido eleito vereador na primeira Legislatura do município em 1992. Desde que Brizola voltou do exílio e fundou o Partido Democrático Trabalhista (PDT), Gregório foi filiado ao partido.

Como o mais velho dos nove vereadores pioneiros eleitos, presidiu a Câmara pela primeira vez e deu posse ao primeiro prefeito do município, Odilo José Dal Molin, em 1º de janeiro de 1993. Apesar de não ter muita escolaridade, tinha o dom da oratória e ocupava, ainda agora, os microfones das rádios bageenses para falar de temas diversos, especialmente a rádio Difusora. Gostava da leitura e de história, tendo ajudado a jornalista candiotense Nadiane Momo a escrever com seus relatos o livro Seival: Passado & Memórias. Também, Gregório Ferreira sempre foi assíduo incentivador dos jornais locais, fundamentalmente o saudoso A 1ª FOLHA – antecessor do TP -, que foi o periódico que registrou também a sua história recente como político da cidade. “O jornal é fundamental para nós”, sempre repetia ele.

Ainda em vida, o nome de Gregório Ferreira ficou imortalizado no plenário da Câmara candiotense, que leva o seu nome, onde está sendo velado. O sepultamento será nesta quarta-feira mesmo, às 17h30 no Cemitério de Seival.

Além da esposa Sueli Pereira, com quem foi casado por 64 anos e o filho Heitor, seu Gregório deixa os netos Pedro e Suelen.

 

* Com atualizações às 12h49 de 20.05.2019

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