AGENDAS EM BRASÍLIA

Comitiva regional faz com que pauta da Usina de Candiota chegue ao centro do governo

Vários ministérios importantes e o próprio presidente Lula, tomaram ciência da situação em agendas feitas esta semana em Brasília

No Ministério de Minas e Energia, o secretário nacional de Planejamento de Transição Energética, Thiago Barral, recebeu da comitiva regional a minuta da lei de transição Foto: Divulgação TP

Com entrega de cartaz ao presidente Lula (ver matéria aqui) e audiências no Ministério de Minas e Energia (MME), na Casa Civil, Secretaria Nacional de Diálogos e Articulação de Políticas Públicas, da Secretaria Geral da Presidência da República e com o ministro da Secretaria Especial de Comunicação (Secom), Paulo Pimenta, uma comitiva regional conseguiu importantes avanços na tentativa de barrar um possível fechamento da Usina de Candiota (Fase C). A comitiva foi formada por vereadores, vereadoras, sindicalistas e pelos prefeitos de Candiota e Pedras Altas – presidente e vice-presidente do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental dos Municípios da Bacia do Rio Jaguarão (Cideja), Luiz Carlos Folador (MDB) e Volnei Oliveira (PT).
No MME, antes das 8h da manhã da última quarta-feira (28), em audiência viabilizada e acompanhada pelo ex-prefeito de Rio Grande e deputado federal Alexandre Lindemeyer (PT), a comitiva regional, por meio do diretor do Sindicato dos Mineiros, Hermelindo Ferreira, fez a apresentação da minuta da lei de transição energética. Os líderes da região foram recebidos no Ministério pelo secretário nacional de Planejamento de Transição Energética, Thiago Barral.

O ministro das Comunicações, gaúcho Paulo Pimenta e o ex-vereador de Bagé, Paulinho Parera, que é assessor de Pimenta, receberam a comitiva regional Foto: Divulgação TP

IMPRESSÕES – O coordenador do Fórum de Desenvolvimento Regional e Econômico, Combate às Estiagens e Manejo das Águas (Fórum das Águas), vereador de Candiota, Guilherme Barão (PDT), que também preside a Comissão em Defesa do Carvão Mineral na Câmara local, classificou a viagem à capital federal como muito produtiva. Ele fez questão de frisar a influência do deputado Lindemeyer no MME, citando que o parlamentar estará na semana que vem se reunindo pessoalmente com o ministro Alexandre Silveira para debater a questão. No encontro com o ministro Paulo Pimenta, que é um velho conhecido de todos, Guilherme salientou a recepção, lembrando que ele é um dos braços direitos de Lula. “Já estava a par da situação, mas reforçamos ainda mais a importância da Usina não fechar. De nada adianta termos a lei se a unidade estiver fechada”, assinalou o vereador, frisando que foi lembrado ao ministro ainda, os investimentos públicos vultosos feitos na construção da usina, em linhas de transmissão, em duas subestações, na interligação elétrica com o vizinho Uruguai – que também é atingido economicamente porque fornece cal para o abatimento de particulados da Usina.
“Não há mais desculpas em dizer que o centro do governo federal não sabe da situação. As gurias entregaram até um cartaz para o presidente Lula. Agora é fazermos as ações para manter a Fase C em funcionamento. Não queremos nada menos do que Santa Catarina”, afirmou.

Comitiva foi recebida também na Casa Civil Foto: Divulgação TP

O presidente da Câmara de Hulha Negra, vereador Luis Gustavo Nunes Dias, o Baixinho (Progressistas) também classificou os encontros como muito importantes, dizendo que saiu bastante esperançoso desta vez na possibilidade de reversão da situação, especialmente da audiência com o ministro Paulo Pimenta. Baixinho lembrou que um possível fechamento da Usina de Candiota atinge a toda região, pois vários hulhanegrenses trabalham na unidade. “Estamos preocupados com tudo isso, mas com muita esperança que tudo vai dar certo”, assinalou, dizendo que também visitou os gabinetes dos senadores gaúchos Luiz
Carlos Heinze (Progressistas) e Hamilton Mourão (Republicanos), pedindo apoio para a causa.
O prefeito Luiz Carlos Folador, da mesma forma avaliou tudo com olhos de aprovação e com positividade.
Folador traz um sentimento de que o governo federal de fato está entendendo a importância da pauta e vai passar a atuar como um aliado no processo. “Há um entendimento geral do quanto isso vai impactar social e economicamente”, pontuou, fazendo questão de frisar que esta é um luta coletiva de toda a região.
ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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