PREVENÇÃO

Dia da Mulher é tema de diálogo e servidoras ganham camisetas em Pedras Altas

Exames pré-câncer também serão realizados durante o mês durante campanha do Março Lilás

Homens e mulheres vestiram a camiseta da campanha em prol da prevenção Foto: Divulgação TP

Na Cidade do Castelo, o Dia Internacional da Mulher foi marcado por entregas de camisetas alusivas a data e bate-papo com as servidoras públicas municipais. A ação foi realizada pela equipe da Secretaria de Saúde por meio do tema “Ser mulher: vida que renasce a cada dia”.

Na ocasião, todos os setores públicos foram visitados e durante as conversas, ressaltada a importância do Março Lilás, uma campanha que aborda a prevenção do câncer de colo de útero.

Segundo repassado ao jornal, enfermeiras da rede conversaram sobre a importância dos exames anualmente e explicaram que este tipo de câncer diagnosticado precocemente é curável em quase sua totalidade de casos. “Essa campanha visa estimular e levar informação a população feminina para os cuidados de prevenção contra câncer de colo uterino, que é o segundo tipo câncer mais comum entre as mulheres”, ressalta o secretário de Saúde de Pedras Altas, Celso Caetano.

AÇÕES NO MUNICÍPIO – Durante todo mês de março serão realizadas palestras, exames e atividades na cidade e no interior do município. Por meio da união das Secretarias de Saúde, Assistência Social, Educação e a Emater, serão realizados exames nas seguintes datas e comunidades: 15/03 – Varzea/Bom Viver (manhã), Arroio Mau (tarde); 17/03 – São Diogo (manhã e tarde); 21/03 – Nascente (tarde); 22/03 – Glória (manhã); 24/03 – Lago Azul/Santa Inês (manhã), Regina (tarde); 26/03 – CTG – Sentinela Pedras Altas – Feira do Empreendedorismo, somente com mulheres, atividades de saúde e palestras, a partir das 14h.

MARÇO LILÁS – É um movimento anual dedicado à conscientização sobre a importância da prevenção e combate ao câncer de colo do útero. Desde março de 2020, a pandemia de covid-19 provocou a queda de 28% dos exames e procedimentos realizados no Brasil, em comparação com os dados de 2019.

No Rio Grande do Sul, houve redução de 27% dos procedimentos ambulatoriais eletivos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Nos exames preventivos de câncer de colo houve redução de 33% e nas mamografias de rastreamento de 34% no estado, conforme dados do Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS).

De acordo com a coordenadora da Divisão das Políticas dos Ciclos de Vida do Departamento de Atenção Primária e Políticas em Saúde do Estado, Gisleine Silva, “é importante que seja retomada a realização de exames preventivos e os cuidados em saúde, pois o diagnóstico e tratamento precoce de lesões precursoras pode fazer toda a diferença na cura do câncer”.

PREVENÇÃO – Gisleine informa que o método de rastreamento do câncer do colo do útero no Brasil é o exame citopatológico (exame preventivo ou Papanicolau). “Esse exame deve ser oferecido às mulheres ou qualquer pessoa que possua útero na faixa etária de 25 a 64 anos, que já tiveram atividade sexual, bem como os homens transexuais que não realizaram a remoção cirúrgica do colo do útero”, explica a coordenadora.

Segundo ela, as gestantes devem seguir a rotina normal do rastreamento. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a priorização dessa faixa etária como a população-alvo do rastreamento justifica-se por ser a de maior ocorrência das lesões de alto grau.

O exame deve ser realizado a cada três anos, após dois exames normais consecutivos realizados com intervalo de um ano. Mulheres vivendo com vírus da imunodeficiência humana (HIV) ou imunodeprimidas devem realizar o exame logo após iniciar a vida sexual, com periodicidade anual, após dois exames normais consecutivos realizados com intervalo semestral.

Gisleine salienta que outra grande aliada no controle da doença é a vacinação contra o HPV, disponível para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, que pode prevenir 70% dos cânceres de colo do útero e 90% das verrugas genitais.

ESTATÍSTICAS – No Brasil, excluídos os tumores de pele não melanoma, o câncer do colo do útero é o terceiro tipo mais incidente na população feminina, com taxa estimada de 15,38 casos/100 mil, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer.

Conforme dados do Painel de Oncologia e do INCA, no Rio Grande do Sul, a neoplasia maligna de colo do útero é a quarta colocada entre os casos de cânceres, com uma taxa estimada de 7,61 casos/100 mil mulheres e a quinta causa de óbito por câncer. A faixa etária com maior número de casos e de óbitos no estado é entre 40 e 44 anos de idade.

SINAIS E SINTOMAS – A infecção pelo HPV e as lesões precursoras do câncer são assintomáticas, mas, nos casos em que as lesões precursoras não tenham remissão espontânea nem sejam detectadas e tratadas, a progressão poderá levar ao câncer, quando então, surgirão sinais e sintomas (INCA, 2021): sangramento vaginal (espontâneo, após o coito ou esforço físico); corrimento vaginal (às vezes fétido); dor na região pélvica, que pode estar associada com queixas urinárias ou intestinais nos casos mais avançados; perda de peso.

* Com dados extraídos de material do Governo RS

* Originalmente este conteúdo foi publicado no jornal impresso

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