UTE OURO NEGRO

Especialistas vêem dificuldades para térmicas no leilão A-6 desta sexta-feira

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UTE Ouro Negro está cadastrada para participar do leilão A-6 nesta sexta-feira (18) Foto: Divulgação TP

A Usina Termelétrica (UTE) Ouro Negro, projetada para ser construída em Pedras Altas, na divisa com Candiota, está cadastrada para participar a partir das 10h desta sexta-feira (18), na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em São Paulo, do leilão de energia A-6, promovido pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Contudo, como o TP já vem publicando sistematicamente, as previsões de venda efetiva de energia do projeto não são das melhores.

Segundo especialistas ouvidos pelo Canal Energia (publicação especializada do setor energético), a demanda por energia é baixa, devendo ficar numa contratação média de 600 a 700 MW. Conforme os especialistas, as distribuidoras estão sobrecontratadas e não esperam um crescimento grande de mercado para o futuro, apostando num cenário difícil para contratação de térmicas de médio ou grande, como é caso da UTE Ouro Negro, que possui 600 MW.

A entrega de energia do leilão A-6 desta sexta deverá ocorrer a partir de 1º de janeiro de 2025. O leilão de 2019 estabeleceu um novo recorde de participantes, com mais de 100 GW em projetos cadastrados, distribuídos por 1.829 projetos. Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), desse total, 71.385 MW foram habilitados, distribuídos em 1.541 projetos.

A EPE pondera que essa pode não ser a oferta total do leilão, pois a participação efetiva depende do aporte de garantias dos agentes antes do certame. As fontes térmicas, solar e eólicas são maioria dos projetos habilitados. O preço-teto das termelétricas está em R$ 292,00/MWh.

O presidente da Ouro Negro e ex-prefeito de Pedras Altas, Sílvio Marques Dias Neto, mantém o otimismo em relação ao certame, apesar de ser realista quanto a realidade da economia brasileira, que ainda está fraca.

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