Festa da democracia

O Brasil penou durante mais de um quarto de século com uma ditadura militar, fruto de um golpe dado em 1964. Muitas pessoas morreram ou foram exiladas para que a democracia novamente florescesse. Nos anos de chumbo, diferente dos que advogam os ufanistas, a pobreza campeou, algum tipo de corrupção jamais viria à tona porque a imprensa era censurada e a liberdade de expressão não existia.
A democracia é um regime imperfeito, porque é algo que precisa ser aperfeiçoado cotidianamente e depende também da interação de cada cidadão e cidadã, que num regime democrático também possuem direitos e deveres. Na ditadura, todos ficam ao comando do ditador de plantão.
Neste histórico domingo de 30 de outubro, após nos últimos quatro anos convivermos com o flerte ao autoritarismo e a autocracia, o povo brasileiro foi massivamente às urnas e escolheu livremente seu novo presidente da República para o próximo período, além de muitos governadores e governadoras. Já tinha feito isso em 2 de outubro, quando amplamente renovou o Congresso Nacional.
As urnas eletrônicas, como já o são há mais de 25 anos, se mostraram totalmente confiáveis, dando o Brasil uma lição ao mundo de rapidez e transparência no processo de apuração na divulgação dos resultados.
Os arroubos golpistas de pequenos grupos, não representam o conjunto da sociedade brasileira. Inclusive, todas as instituições e o mundo político, por meio de seus representantes, se apressaram em reconhecer o resultado e parabenizar o presidente eleito.
Agora, se espera que o atual presidente da República, também reconheça a derrota, facilite a transição e dê voz de comando aos grupelhos insuflados para o bem do Brasil. Daqui quatro anos, como é num regime democrático, tem novas eleições e se abre mais uma vez a possibilidade da mudança, se assim a população entender.

Comentários do Facebook