O futebol, o bem-estar e a violência

Em algumas regiões do planeta onde parecem competentes para enfrentar as questões da pandemia, as coisas começam a vol­tar dentro de uma nova realidade. Os campeonatos de futebol italiano, alemão, português e espanhol estão encerrando no campo, ao contrário do campeonato francês que foi encerrado fal­tando algumas rodadas. Sem público nos estádios. No Brasil, alguns campeonatos estaduais voltaram. No Rio Grande do Sul, ainda não.

O futebol deve voltar logo. Aqui e em todo país. Sem público enquanto não houver a segurança da vaci­na. A população precisa de eventos para ficar em casa o maior tempo possível e o futebol pode contribuir. Jo­vens atletas, mesmo que contagiados pelo coronavírus, provavelmente não terão maiores problemas. Desde que limitem os seus contatos familiares e profissionais a pessoas jovens, seguindo modelos preventivos e com controle com exames periódicos, os atletas podem cola­borar para o bem-estar da sociedade. Por outro lado, os jogos podem levar muitos aos bares, daí a necessidade de canais abertos transmitindo.

Sem o governo federal na liderança do processo de combate à epidemia, as medidas sãotestadas das mais diversas maneiras, por governadores e prefeitos. Isso leva a crer que, com naturalidade, chegaremos a cem mil mortes, por uma doença nova, no início de agosto. Há os que dirão que muitos morreriam das doenças que tinham, com ou sem coronavírus. Não é o que apontam as estatísticas da cidade de São Paulo, divulgadas nos últimos dias.

O estudo mostra que neste ano, de janeiro a junho, na cidade de São Paulo, quando havia cerca de 7.000 mortes por coronavírus, morreram 13.000 pessoas a mais que no ano passado. Também havia mais de 5.000 mortes suspeitas, a confirmar. O que temos afirmado aqui, vai se confirmando com as estatísticas que aparecem, o problema é muito maior que os casos confirmados. Na região da campanha, só acreditarei nos dados que tenho analisado quando contarmos o total de mortes em 2020 e compararmos com 2019, 2018 e 2017. A previsão que se pode fazer, sem fatos novos é muito precisa. Muito mais precisa que pesquisa eleitoral. Logo, basta somar e comparar para sabermos o tamanho do estrago.

Continue atento com as medidas preventivas. Nun­ca é demais reforçar e lembrar.

Para finalizar, se este governo federal conseguisse reduzir 10.000 mortes por violência no Brasil, por ano, comparando com os números do mandato anterior, poderia ser considerado um sucesso. O coronavírus deverá matar em um ano o que um governo de sucesso no combate à violência levaria pelo menos 15 anos para conseguir, se levarmos em consideração apenas as es­tatísticas oficiais.

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