CÂMARA DE HULHA
De forma inédita, três candidaturas se apresentaram para a presidência da Câmara de Hulha Negra durante as eleições realizadas nesta quinta-feira (21). O experiente vereador Dalvir Zorzi (PT), que tem nada menos que sete mandatos seguidos, venceu o pleito obtendo quatro dos nove votos. Ele vai presidir a Câmara em 2024 pela terceira vez na história. Em Hulha, a eleição não é por chapa e sim por cargo, quando também houve disputa para a vice-presidência e 1ª secretaria, tendo sido eleitos Getúlio Porto (PDT) e Tanira Ramos (PTB) respectivamente. O único que obteve unanimidade foi Volnei Manfron (PT), eleito 2º secretário.
NOMES DO MDB DE CANDIOTA
O nome do prefeito de Candiota, Luiz Carlos Folador, salvo uma hecatombe, será o indicado do MDB nas eleições de 2024, indo assim à reeleição e para tentar o seu quarto mandato na história da cidade. O partido possui outros nomes que também tem potencial para serem candidatos e um dos mais lembrados é o do vereador licenciado e atual secretário de Saúde, Fabrício Moraes, o Bibi, que é jovem (faz 31 anos neste domingo, 24), filho da cidade, está na política desde os 13 anos de idade, tem formação em gestão pública e se destacou nos últimos anos à frente da Saúde. O nome do experiente vereador e presidente da Câmara em 2024, Gildo Feijó (administrador de empresas de formação e atualmente superintendente Administrativo da CRM/Mina de Candiota), também tem lembrança, porém ele mesmo afirma, em entrevista publicada nesta edição do TP, que não será mais candidato a prefeito novamente (já foi duas vezes) e que seu apoio é incondicional à reeleição de Folador.
NOMES DO PT DE CANDIOTA
O nome do ex-prefeito Adriano dos Santos, da mesma forma vai a cada dia que passa se consolidando para ser o candidato a prefeito do Partido dos Trabalhadores (PT) de Candiota nas eleições de 2024. Nas ruas, o nome da vereadora Luana Vais também é lembrado como uma alternativa em ser candidata a prefeita, senão para agora, para um futuro breve. Luana é jovem (34 anos), é mulher, negra, filha de assentados da reforma agrária, pedagoga de formação e possui apelo popular. De forma mais tímida, o nome do ex-vereador, o experiente Artemio Parcianello, igualmente aparece volta e meia nas lembranças.
OUTROS NOMES EM CANDIOTA
Ainda numa situação mais remota, aparecem outros nomes fora dos dois maiores partidos da cidade. O vereador Guilherme Barão (PDT) tem se ensaiado (está em seu quarto mandato seguido na vereança) e o produtor rural Lucas Nunes, que esteve filiado ao PDT, também se apresenta, porém com avanços e recuos seguidos, sem muita firmeza no que exatamente pretende para as eleições de 2024. Mais timidamente o nome do ex-vice-prefeito Gil Deison Pereira (sem partido) é cogitado. Esta semana, o presidente do PSol local, José Giordani Dorneles, o Pimenta (que foi candidato a prefeito em 2020), enviou ao TP uma nota, assinalando que o partido também discute candidaturas majoritária e proporcional para o ano que vem.
PSOL EM CANDIOTA
Na nota, assinada por Pimenta, é lembrado que a oposição não se resume ao bloco PT, PDT e PSB. “O PSol é partido registrado no município e legalmente em condições de participar das eleições. Todos esses partidos elencados anteriormente já estiveram coligados em outros momentos, inclusive o PT coligou com o PSDB e o PDT com o MDB, demonstrando total incoerência ideológica e programática. O PSol apresentou um programa de governo bem elaborado e mantém a coerência nesta caminhada rumo a 2024”, assinala, destacando que a sigla irá conversar com as pessoas com o objetivo de construir o programa de governo de forma coletiva, fazendo algumas atualizações naquele apresentado em 2020.
CENÁRIO EM CANDIOTA
Como dito, o caminho trilhado até aqui é de uma repetição das últimas eleições, com a polarização entre Folador e Adriano. Ambos já foram companheiros no PT, quando Adriano ganhou maior projeção política no governo Folador 2 (2013-2016), assumindo a chefia de Gabinete e a Secretaria de Educação. Eles começaram a se atritar quando Folador nas prévias do PT para as eleições de 2016 se inclinou a apoiar uma candidatura de Juliano Corrêa a prefeito pelo PT em detrimento de Adriano. Depois na campanha, Folador deu apoio decisivo para a eleição de Adriano, porém não suficiente para que voltassem às boas, terminando então com Folador saindo do PT e se filiando ao MDB – e o resto da história já se sabe.
CENÁRIO EM CANDIOTA 2
Não é possível dizer que Adriano e Folador tenham estilos antagônicos, afinal, ambos beberam água de uma mesma fonte lá no passado. Mas claro, possuem diferenças, tanto que um está no PT e outro no MDB. De fato, o que se vê não é muita empolgação da massa em termos de novidades para eleições do ano que vem. É aguardado de ambos e não se sabe se isso ocorrerá, propostas mais ousadas, criativas e diferenciadas para a cidade e o campo, pois, salvo melhor juízo, o modelo adotado até aqui (tanto político como administrativo) parece estar esgotado.
ÁGUA EM CANDIOTA
A questão da água já tinha sido o calcanhar de Aquiles de Adriano e agora está sendo de Folador.
FOLADOR NO CIDEJA
O prefeito Folador completa em 2023, 11 anos na presidência do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental dos Municípios da Bacia do Rio Jaguarão (Cideja). Ele foi o primeiro presidente da entidade, ficando oito anos ininterruptos (2009-2016). A sua segunda gestão (2011-2012) – os mandatos são de dois anos, foi marcada pelo maior feito até hoje do Consórcio, quando se recebeu uma das maiores patrulhas mecanizadas da época no Brasil – maquinário que até hoje é usado pelos municípios-membros. O convênio com o Incra foi conquistado durante o segundo mandato do presidente Lula e entregue no início do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff (fevereiro de 2011).
VOLNEI NO CIDEJA
Pela primeira na história, um prefeito que não é de Candiota vai assumir o Cideja. Dos 15 anos de existência, como dito, 11 foram presididos por Folador e quatro por Adriano dos Santos (2017-2020). Agora em janeiro de 2024, assumirá o prefeito de Pedras Altas, Volnei Oliveira (PT). Na foto, Folador e Volnei na última assembleia do ano, realizada esta semana em Pedras Altas.
DEFESA CIVIL DE CANDIOTA
A Eletrobras CGT Eletrosul formalizou, na última semana, doação à Defesa Civil de Candiota de uma caminhonete cabine dupla, modelo Mitsubishi L200 Triton Sport 2018. Inicialmente, o veículo havia sido cedido por meio de termo de cooperação técnica, estabelecido junto à Prefeitura, que previa a doação após um ano de efetivo uso. O repasse foi realizado pelo gerente da Divisão de Produção e Geração Candiota, Felipe Ferreira Rodrigues e contou com a presença de Caroline Pereira Gonçalves (Sustentabilidade), Luis Eduardo Brose Piotrowicz (Divisão de Gestão Ambiental da Usina Termelétrica) e Daniel Flores Caldas (Setor de Gestão de Transportes e Viagens), além do prefeito Luiz Carlos Folador, e do coordenador da Defesa Civil Municipal, Flávio Sanches.
DEFESA CIVIL DE CANDIOTA 2
Segundo informado pela CGT Eletrosul, A doação tem o objetivo de auxiliar na prestação de serviços à população local e, também, na execução das atividades do plano de emergência para atendimento de condicionantes ambientais da Usina Termelétrica de Candiota. A iniciativa integra o plano de desenvolvimento de ações conjuntas de estruturação da Defesa Civil, com contrapartidas à gestão ambiental da companhia no município.
RECUO DO GOVERNADOR
Sem votos suficientes e com problemas na articulação e nos argumentos, o governador Eduardo Leite (PSDB) foi obrigado a retirar o projeto de lei enviado à Assembleia Legislativa para aumentar a alíquota de ICMS de 17% para 19,5% para alguns setores da economia gaúcha. Meio que caiu por terra culpar a reforma tributária, recém aprovada pelo Congresso Nacional e enviada pelo governo Lula, sob a argumentação de que é necessário aumentar as alíquotas porque pelas novas regras o Estado perderia receita em função da média (2024-2028) que será feita para a distribuição do imposto que substituirá o ICMS nos próximos anos – Imposto Sobre Bens e Serviços (IBS).
RECUO DO GOVERNADOR 2
Segundo consta, ainda em 2024 será apresentada uma lei complementar para regulamentar a transição, sendo que o modelo a ser adotado ainda está em debate. Muito provável que o governador também terá que recuar dos decretos, pelo menos em parte, que retiram benefícios fiscais. Alguns analistas de economia assinalam que a preocupação do governo não é com o futuro e sim com o caixa atual. O receituário neoliberal parece estar dando água. Por último, ainda vale lembrar que em 2022, por decreto, o presidente Jair Bolsonaro (PL) baixou a alíquota de ICMS dos combustíveis para 17% na tentativa de conter os preços, retirando muitos recursos especialmente dos estados.
MISSAS NA REGIÃO
As comunidades católicas de Candiota, Hulha Negra, Pedras Altas e Pinheiro Machado divulgam seu calendário de missas neste fim e ano. Em Hulha Negra, dia 24, às 19h na comunidade São José (Hulha Negra) e às 21h na comunidade Cristo Rei (Trigolândia). Em Candiota, na comunidade Imaculada Conceição (centro), às 19h do dia 24 e às 9h do dia 25. No dia 24, em Pinheiro Machado, às 14h, na Comunidade São Jorge (Assentamento São Manuel) e às 20h na matriz Nossa Senhora da Luz (Pinheiro Machado). Nos dias 24, 25 e 31, em Pedras Altas Altas, às 17h na comunidade São Manuel (sede). No dia 25 (Natal), às 9h, procissão saindo da matriz de Pinheiro Machado para a comunidade Menino Jesus e após missa. No dia 31, às 20h na matriz pinheirense, bem como, no dia 1º de janeiro, às 9h30.
ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*
