Recentemente, a equipe do Programa Terra da Gente acompanhou o projeto Felinos do Pampa, realizado junto a Seival, em Candiota. Na oportunidade, jornalistas e cinegrafistas do município de Ribeirão Preto, estado de São Paulo, acompanharam as pesquisas envolvendo a ecologia de felinos silvestres das florestas e várzeas do rio Jaguarão.
De acordo com a integrante da Felinos do Pampa, Marina Favarini, a equipe pôde filmar a captura, coleta de material biológico e soltura de um gato-maracajá, bem como a captura e monitoramento por GPS de um gato-do-mato-grande melânico, que possui pelagem totalmente escura.
Ainda segundo Marina, a gravação também incidiu sobre as ações educacionais do projeto junto a comunidade, destacando as campanhas de vacinação e monitoramento de animais domésticos, as placas de sinalização de trânsito instaladas para evitar atropelamento de felinos ao longo da rodovia Miguel Arlindo Câmara (MAC) e do acesso a UTE Pampa Sul, a revitalização da pista de skate da praça de Seival com a temática voltada aos felinos e as medidas de redução de conflitos através da criação de galinheiros anti-predação e reposição de aves domésticas abatidas pelos felinos silvestres.
FELINOS DO PAMPA – O Projeto é formado pelos pesquisadores Felipe Peters, Marina Favarini, Flávia Tirelli, Suelen Segui e Ana Paula Albano, os quais desenvolvem práticas de conservação e monitoramento com ênfase nas espécies de pequenos felinos silvestres que ocorrem no bioma Pampa. É vinculado ao Instituto para a Conservação dos Carnívoros Neotropicais (Pró-Carnívoros) e integrado a agenda de projetos do Geogffroy’s Cat Working Group. Todas as ações são autorizadas por parte do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.
TERRA DA GENTE – O Programa vai ao ar todos os sábados, às 14h, e pode ser visto pela EPTV ou pela Globo Play. As gravações em Seival serão apresentadas nas primeiras semanas de 2023, sendo a data divulgada no perfil @terradagente. “Será uma oportunidade de apreciar imagens exclusivas da vida selvagem e conhecer os desafios que precisam ser vencidos pelos pesquisadores para realizar o estudo com felinos silvestres”, disse Marina.
* Originalmente este conteúdo foi publicado no jornal impresso