LEGISLATIVO

Projeto para conceder título de Cidadão Honorário é rejeitado em Candiota

Uma situação nada convencional foi registrada na sessão ordinária da Câmara de Candiota na última segunda-feira (20). O projeto de decreto legislativo (PDL), de autoria da vereadora Luana Vais (PT), que previa a concessão do título de Cidadão Honorário ao ex-vereador João Couto, acabou rejeitado pela maioria dos vereadores.

Como se tratava de votação aberta e nominal, nestes casos todos os parlamentares votam, inclusive o presidente da Casa. Por seis votos contrários e apenas três favoráveis, o projeto não foi aprovado e como dito, pouco comum para este tipo de matéria, que quase sempre tem a aprovação absoluta.

Votaram contra a proposta, todos os vereadores e vereadora da base governista: Gildo Feijó, Fabrício Moraes e Hulda Alves (MDB), Fabiano Aquere (sem partido), Marcelo Gregório (PSDB) e Ataídes da Silva (PT). A favor votaram Danilo Gonçalves (PT), Guilherme Barão (PDT) e a autora Luana.

Em sua justificativa de voto, o vereador Guilherme Barão disse que este tipo de votação jamais havia ocorrido na Câmara. Salientou a história de João Couto no município, que foi alguém, segundo ele, que ajudou a construir o município, contribuindo com a elaboração de políticas públicas importantes. “Fico triste, pois foi uma votação político-partidária. Não quero acreditar que os vereadores não reconheçam a história do Couto”, assinalou.

Danilo Gonçalves também lamentou a votação, da mesma forma exaltando a trajetória e contribuição de Couto ao município. “Sempre votamos favoráveis e não podemos levar para a questão partidária”, disse.

A autora da proposta lembrou as contribuições do ex-vereador para o município, quando implantou o Orçamento Participativo (OP) não só em Candiota , mas na região, resultando em obras como a escola 20 de Agosto e energia no meio rural. Ela lembrou que na Câmara, Couto trabalhou para a aprovação de uma lei, a de nº 1190, que segundo ela, hoje é muito usada pelo governo e com certos exageros, que prevê incentivos ao desenvolvimento local. “Foi uma votação partidária. Nós temos feito uma oposição coerente aqui”, ponderou Luna vais.

Por sua vez, Gildo Feijó lembrou ao vereador Guilherme, que não foi a primeira vez, dizendo que o projeto que concedia ao atual prefeito Luiz Carlos Folador este mesmo título foi rejeitado também. Nesta época, Folador já havia saído do PT e ido para o MDB. “Esta Câmara é política e assim que ela funciona. Muitas votações fui derrotado e é assim mesmo”, defendeu Gildo.

Ao fim, ainda justificando o voto, o vereador Ataídes da Silva disse, que estava tendo a oportunidade de retribuir a Couto, mesmo não tendo nada contra ele, lembrando que, o ex-vereador como dirigente do PT foi contra Ataídes assumir a presidência da Câmara e também ser secretário de Agropecuária.

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