Três Toques- 6 a 13/ABR/2023

OUTONO

O OUTONO é a estação que começa no fim do verão e termina no início do inverno. Por isso, ela é considerada a melhor das estações do ano. Desculpem-me os amantes da primavera com suas flores e odores próprios, pois acho o outono mais romântico e com muito menos pólen, alergias e que tais. É certo que os encantos são próprios de cada pessoa, de cada olhar, de cada perfume.

O outono é doce como os frutos que amadurecem. É leve como as folhas que amarelam e caem rodopiando no ar tal qual o amor dos amantes. Não há nada mais lindo que o amor que já não é paixão, que já não é possessivo e dominador. O amor de outono está fincado no solo e não se abala com as intempéries da chuva e do vento. Suas raízes já aprenderam a sobreviver às dificuldades da vida, mesmo perdendo folhas e graça. Os frutos estão maduros. É hora de desfrutar.

OUTONO DA VIDA

Nós humanos temos nossas “estações” também.

Temos a infância, a juventude, a maturidade e a velhice. Cada uma destas estações tem características próprias como sabemos.
O outono da vida não é a última estação que vivemos. Quando começa a cair o cabelo, quando começamos a gostar de novelas, quando a barriguinha cresce e não é gravidez, quando compreendemos a vida e começamos a filosofar sobre a morte, finitude das coisas, estamos no outono da vida.

Nesta maturidade já não temos tanta pressa, já não queremos novas batalhas, já aceitamos “acordos” que não aceitaríamos. Nosso olhar busca o infinito na ânsia de encontrar a paz que buscamos.
Como na natureza, perdemos beleza e vitalidade, mas continuamos a rebrotar e produzir novas folhas e novos frutos deliciosos.

O outono da vida já não quer um novo amor, só quer consolidar o amor criado, vivido e desfrutado.

TALVEZ O AMOR

Há uma música no Youtube chamada PERHAPS LOVE, que tu deves ouvir se leu o outono até aqui.

Ouça, cantada por Plácido Domingos e o autor, John Denver. Talvez o amor te fortaleça, talvez…

Talvez o amor.

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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