Vice-prefeito e ex-prefeito se encontram para debater enoturismo em Hulha Negra e região

A pauta sobre o desenvolvimento da vitivinicultura e turismo na região, segundo relato enviado ao TP pelo ex-prefeito de Hulha Negra, Fernando Campani, foi tema de encontro dele com o atual vice-prefeito da cidade, Igor Canto.  O encontro foi na casa de Igor, em Hulha Negra, no último fim de semana.

Conforme Campani, entre uma prova e outra dos vinhos do Porto e música ao vivo tocada por ambos, foram ajustadas estratégias para atrair investidores e investimentos para a cadeia econômica do enoturismo na Campanha gaúcha. Conforme relata Campani, eles assumiram compromissos para viabilizar sonhos e desejos para o desenvolvimento da região e, em especial, de Hulha Negra, que ainda luta para obter a sua emancipação econômica.

COMITIVA – O ex-prefeito afirmou que o Rio Grande do Sul vai recepcionar em setembro deste ano uma comitiva portuguesa, da região do Douro, composta por dirigentes de empresas do ramo vitivinícola, que vem observar o potencial do Estado para construir parcerias em diferentes áreas da vitivinicultura gaúcha, seja nas atividades industriais ou na instalação de parreirais com uvas viníferas.

A vinda da comitiva está sendo viabilizada por Campani, que coordena a Somnia Assessoria, que opera com consultoria em desenvolvimento de Territórios Sul Brasil e Portugal, com sede nas cidades de Vila Real (norte de Portugal) e Mafra (região metropolitana de Lisboa). A visita da comitiva no território gaúcho vai começar na edição 2023 da Expointer e encerrará na região da Campanha com visitas à Unipampa de Dom Pedrito e vinícolas da região, sendo que aqui contará com a recepção de lideranças e será coordenada por Igor, que oportunamente, apresentará aos visitantes a Rota Colonial das Agroindústrias de Hulha Negra e conexões com outros empreendimentos turísticos da região. “A nossa integração e o diálogo são fundamentais e sem cercadinhos partidários. Hulha Negra e a região da Campanha precisam pensar e projetar cadeias econômicas sustentáveis ao meio ambiente e com capacidade de verticalização econômica. Não podemos priorizar modelos de produção que não agregam valor no local e andam na contramão do zoneamento agroecológico. É uma grande incoerência projetar e incentivar modelos de produção que sustentam os bancos e quebram os pequenos agricultores. Estamos voltando à década de 1970, no pico da revolução verde, que impulsionou os venenos e o êxodo rural. Isso é vergonhoso para uma região tão capaz e cada vez mais empobrecida. A vitivinicultura, integrada aos modelos tradicionais eficientes e já consolidados, poderá ser, e já possui referências elogiáveis, uma atividade impulsionadora das diferentes cadeias econômicas envolvendo o enoturismo e a gastronomia regional, além de outros setores também sustentáveis”, destaca Campani.

Igor destacou que tem muita coisa já acontecendo na região nesta área de vinhos e turismo. “Queremos colocar Hulha Negra nesta rota e tenho certeza que essa ideia e parceria vai dar bons frutos num futuro próximo”, assinalou.

LISBOA – No encontro, Igor Canto e Campani também projetam a participação de Hulha Negra na Feira de Negócios que vai ocorrer em Lisboa no final de fevereiro de 2024.