Xadrez

Quem acompanha esta coluna já sabe que correr atrás de bola ou fazer exercícios em academias nunca foi o meu forte. Aliás, em dois testes físicos que fiz na vida, com vários outros participando, fiquei em último lugar. Nada de correr. Atletas de alto rendimento não vivem mais que os mortais comuns. Quem vive mais de 100 anos normalmente não exagerou em exercícios que agridem o corpo.
Daí que joguei bem em alguns esportes (alguns questionarão) que se pode jogar sentado, xadrez e truco. Com maior destaque jogando xadrez onde cheguei a ser semifinalista do campeonato gaúcho e vice-campeão dos Jogos Intermunicipais de Rio Grande do Sul, pela equipe de Bagé. Também joguei na equipe da PUCRS e na equipe A do Metrópole Xadrez Clube – o maior clube de xadrez do Rio Grande do Sul.
Joguei pouco tempo, de 1973 a 1975, em Bagé, em um período de meses no final dos anos 1970 na PUCRS e de 1989 a 1991 no Metrópole, em Porto Alegre. Eventualmente nos meus anos de prefeito, o suficiente para ganhar um campeonato bageense nos anos 1990.
Nos últimos dias de dezembro, quase véspera de ano novo, resolvi voltar a jogar, com a vantagem de que temos a internet, tão criticada por este que aqui escreve, mas que tem serventia para todos os gostos.
Descobri um site “chess.com”, onde 80 milhões de jogadores estão cadastrados e disponíveis para uma disputa a qualquer hora do dia que, com tanta gente, sempre tem alguém “vadiando” ou simplesmente fazendo algo melhor que assistir televisão.
Descobri rapidamente que aquela história de que “quem conhece não desaprende” é bobagem e que a tal “falta de ritmo de jogo”, tão citada no futebol, é real.
Jogar xadrez é uma sugestão para todos aqueles que pretendem na vida exercer atividades nas quais é necessário analisar situações complexas. Por exemplo, prefeito, secretário municipal, vereador, empresário, professor. Só para citar algumas.
Avaliar cenários observando todas as alternativas é coisa que raros conseguem fazer. Daí que é necessário treinar e estudar para perceber que qualquer um pode ficar muito melhor do que já é.
Quem estudou engenharia, a maioria, fala que não sabe: porque estudou cálculo, álgebra, geometria analítica, equações diferenciais? A resposta é simples, depois de conseguir ultrapassar estas barreiras, ou seja, ser aprovado nestas matérias, tudo o que demais existe fica parecendo fácil.
Se quiser jogar xadrez, qualquer que seja o seu nível, no “chess.com” há quem jogue no seu nível e qualquer um pode se inscrever e jogar “sem custos”.

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