Antônio Evanhoé assume a universidade junto ao vice Guilherme Bragança Foto: Divulgação TP
Ao longo da quinta-feira (1º), acadêmicos, funcionários e professores integraram o processo eleitoral para definir a reitoria do Centro Universitário da Região da Campanha (Urcamp) para a gestão 2023/2026. No processo ápice da democracia da Instituição de Ensino Superior, os eleitores escolheram, na disputa mais acirrada registrada até então, Antônio Evanhoé para assumir o cargo no próximo período.
As informações são do jornal Minuano, jornal de propriedade da universidade. Conforme o conteúdo, na eleição, que contou com um sistema híbrido de votação, com cédulas impressas e registro de acompanhamento digital, foram mais de 1,5 mil votantes (1.060 alunos, 300 funcionários e 216 docentes), representando os campi de Alegrete, Bagé, Dom Pedrito, São Gabriel e Santana do Livramento.
Na disputa, estavam duas chapas. Uma com a atual reitora, professora Lia Maria Herzer Quintana, que buscava seu quarto mandato junto ao candidato a vice, professor Derli João Siqueira Silva. Do outro lado, a chapa de oposição foi capitaneada pelo professor Antônio Evanhoé Pereira de Souza Sobrinho, tendo o professor Guilherme Cassão Marques Bragança como candidato a vice.
O pleito foi tão disputado que a Comissão Eleitoral, mesmo após a apuração dos votos, na sexta-feira (2), resolveu adiar, momentaneamente, a homologação do resultado final para esta segunda-feira (5). Isso em função do resultado final, em que a diferença percentual de votos foi extremamente apertada. Na apuração, a Chapa 1 totalizou 1.071 votos, vencendo no segmento alunos (857), e obtendo a preferência de 109 funcionários e 105 professores. Já a Chapa 2 totalizou 488 votos, vencendo nos segmentos de funcionários (188) e professores (108), e obtendo a preferência de 192 estudantes. Entre os votos em branco, foram nove de discentes, três de técnicos-administrativos e um de docentes. Já entre os nulos, foram dois de discentes e dois de docentes.
Vale lembrar que, na eleição para reitoria, o voto de docentes tem peso maior (7), seguido por funcionários (2) e alunos (1). Por isso, o cálculo percentual definitivo leva em consideração estes valores. Desse modo, a Chapa 1 alcançou 49,3793501% e a Chapa 2 49,3446540% – diferença menor que 1%.
De acordo com a presidente da Comissão Eleitoral, Lourdes Helena Martins da Silva, a regra do Estatuto leva em consideração o maior número de pontos na eleição. “Aplicando-se o artigo 39 do referido Estatudo, o vencedor é o candidato que obteve o maior número de pontos na soma das categorias de eleitores do Colégio Eleitoral. (…) O maior número de pontos obtidos na conversão dos votos em pontos é da Chapa 1, considerando-se aqui o maior número obtido na soma dos votos das diferentes categorias. Frisamos que o maior número de pontos poderia ser tanto uma diferença expressiva quanto aquela que seja ínfima, como acontece na situação em análise”, pontuou.
Novo reitor, Antônio Evanhoé e a atual reitora, Lia Maria Quintana, durante a apuração de votos Foto: Yuri Cougo/JM/Especial TP
AVALIAÇÃO – Para Sobrinho, a vitória no pleito representa a “renovação” enquanto instituição na comunidade. “Está renovado, podem acreditar nisso. Foram duas semanas de disputa limpa, justa, educada e gentil. Obrigado a todos os meus companheiros de chapa, o Guilherme, nossos alunos que foram fundamentais nesse pleito. Agora nós vamos renovar. A Urcamp é de todos”, destaca. Seguindo a mesma linha de raciocínio, Bragança enfatiza o engajamento dos alunos como fator fundamental. “Para nós é uma vitória dos alunos. A instituição é feita por alunos. Nós somos a máxima representação deles. É uma resposta muito linda. Jamais estamos desfazendo tudo que já foi feito, só queremos fazer um trabalho ainda mais diferenciado também”, ressalta.
A atual reitora, Lia Maria Herzer Quintana, que não acompanhou a homologação do resultado em função de estar com uma gripe, disse que se manifestará oficialmente em um momento oportuno.
* Conteúdo do jornal Minuano, informativo de propriedade da universidade
