NEGÓCIO

CRM propõe repasse de prédio do antigo Clube de Lassance em troca de IPTU

Outra possibilidade é um leilão, sendo que a estatal está se desfazendo de imóveis em função do alto custo

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O histórico prédio da Sociedade Recreativa Mina de Candiota (SRMC), infelizmente na atualidade, é uma imagem degradante no centro de Candiota Foto: J. André TP

A atual diretoria da Com­panhia Riograndense de Mineração (CRM), além de preparar o processo para a privatização da estatal, também decidiu se desfazer de imóveis da empresa, que segundo o diretor­-presidente Melvis Barrios Júnior, apenas causam enormes despesas.

Deixando claro que não há associação entre a privatização e a venda dos imóveis, Melvis disse em entrevista ao TP, que o recurso arrecadado com esse patrimônio será revertido para aquisição de equipamentos para a Companhia, que possui como única unidade produtora, a Mina de Candiota. “Não há relação com a privati­zação. Estes imóveis nos causam despesas enormes, especialmente em Imposto Predial, Territorial Urbano (IPTU), sendo que neces­sitamos fazer caixa para compra de novos equipamentos”, explica.

Dentro da atual política da direção da CRM, prédios como a Colônia de Férias em Tramandaí serão leiloados Foto: Divulgação TP

COLÔNIA DE FÉRIAS – Já com data marcada, o leilão para a venda da Colônia de Férias da CRM, localizada em Tramandaí, no litoral norte, é a primeira ação desta política. O certame do imó­vel com área total de 1.632m², será no próximo dia 2 de julho, de forma somente online por medida de segurança e contará com lance inicial de R$ 844.700,00.

Também, segundo Melvis, os clubes sociais de Minas do Leão e de Candiota, deverão sair do patrimônio da estatal.

 

CLUBE DE LASSANCE – No caso específico de Candiota, o prédio da antiga Sociedade Recreativa Mina de Candiota (CRMC), po­pularmente chamado de Clube de Lassance, localizado junto à praça central do município, está fechado há muito e a ação do tempo começa a ser percebida, causando aspecto negativo numa área vital da cidade.

Local histórico, inclu­sive palco de inúmeras reuniões importantes que prepararam a emancipação da Capital Nacional do Carvão, segundo o diretor­-presidente da CRM, gera um custo anual de cerca de R$ 60 mil em IPTU. Segundo ele, há duas possibilidades para que a empresa se desfaça do imóvel, uma é o leilão e a outra, que mais agrada a atual diretoria, seria o repasse do local para a Prefeitura em troca de isenção de IPTU por um determinado tempo, que, conforme ele, precisa ser ainda calculado e ajustado também com a administração municipal. “Para nós esta solução do repasse seria a ideal”, externa.

O prefeito Adriano dos Santos também enxerga a tran­sação com bons olhos. Ele des­taca que já há um recurso federal destinado de R$ 500 mil para a revitalização da praça Dario Lassance e que se o prédio pas­sar a fazer parte do patrimônio municipal, poderá entrar neste esforço de reforma. “É um local histórico e que pretendemos sim dar um destino, o que é impedido atualmente por não ser do municí­pio. Estamos sim negociando isso com a direção da CRM e acredito que também teremos a parceria e apoio da Câmara de Vereadores, que precisará aprovar esta transa­ção”, destacou.

CRM e Prefeitura negociam o repasse da área de 4 hectares do cemitério ao município Foto: Arquivo TP

CEMITÉRIO – Outra situação que deve em breve ser remetida para a apreciação do Conselho de Administração da CRM é a doação da área do atual cemitério municipal, que ainda pertence à estatal. Conforme Melvis, a ideia é o repasse de 4 hectares da área localizada a cerca de 3km da sede do município. “Com isso inclusi­ve será possível a ampliação do espaço”, projeta o diretor, dizendo que o restante da área irá a leilão.

O prefeito Adriano ob­servou que esta é uma negociação que já vem sendo feita há um bom tempo com a CRM e em se concretizando, possibilitará que a Prefeitura possa fazer investi­mentos mais adequados no local, como por exemplo, a construção de uma nova capela mortuária, re­tirando os velórios que atualmente acontecem no centro da cidade. “Vamos poder organizar melhor essa situação, tendo assim res­paldo legal para investimentos”, pontua o prefeito.

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