HABITAÇÃO

Prefeito de Candiota afirma que povo não vai permitir leilão de casas da CGT Eletrosul

Segundo ele, o que se quer é leilões de energia para novas usinas e não de imóveis

Em entrevista ao TP, o prefeito Folador afirmou que de fato teve acesso aos valores dos imóveis, porém avalia que apenas 10% dos moradores terão condições de pagar os novos valores apresentados pela CGT Eletrosul. “Estimo que 90% não vai ter condições mesmo com este valor menor. Viemos de uma pandemia, com desemprego, dificuldades na economia local também. As pessoas não têm condições e um financiamento bancário é inviável, com uma taxa Selic de 13,75% ao ano, a pessoa vai pagar ao longo de 20 anos, duas casas”, pondera.

Na tarde desta quinta-feira (27), o prefeito, o vice Paulinho e todo secretariado esteve reunido na Prefeitura debatendo o assunto e também foi feita uma gravação ao vivo pelas redes sociais. Ele lembrou que sempre a Prefeitura, desde o início, esteve ao lado dos moradores e agora não será diferente. Disse que foi cinco vezes na sede da CGT Eletrosul em Florianópolis, em Santa Catarina, e foi conhecer a experiência de Tucuruí, no Pará, tendo protocolado na Secretaria de Patrimônio da União (SPU), em Porto Alegre, um pedido de doação dos imóveis pela Regularização Fundiária Urbana (Reurb) para quem ganha até cinco salários mínimos e uma venda direta para quem ganha acima disso. “Nada contra a CGT Eletrosul, da qual a gente agradece muito porque é o coração de Candiota. No entanto, temos que pensar no clamor da nossa comunidade, das pessoas desempregadas e que sequer recebem um salário. Não podemos ser tiramos e sim humanos. Temos que ser solidários e vamos estar junto nesta caminhada, onde vamos lograr êxito. Quem tem condições de comprar, recomendamos que compre, mas temos que pensar nos 90% que não têm condições. Não podemos ser irresponsáveis. Estamos falando de uma empresa superavitária e de outro lado moradores que estão há 60 anos cuidando desses imóveis e por isso chamamos a atenção que não vamos abrir mão dessas casas. Vamos buscar meios legais, fazendo mobilizações e tudo que pode ser feito, e forma ordeira e pacífica. Entre a companhia e os moradores, eu fico com os moradores. Esse é nosso dever como governante e esse é o compromisso do nosso grupo político”, disse.

Por fim, Folador afirmou textualmente que não haverá leilões de imóveis. “O que pode haver é leilões de energia para novas usinas, gerando empregos para a cidade a região. O povo candiotense não permitirá leilões de casas”, assinalou.

Comentários do Facebook