CRISE ECONÔMICA

Tema do desemprego preocupa em Candiota

Esta semana, Folador (E) foi cumprimentar trabalhadores que embarcaram para Vacaria para a colheita da maçã, que há anos se configura como uma alternativa de emprego temporário na região Foto: Divulgação TP

O desemprego assola mais de 13 milhões de brasileiros de forma direta, sem falar nos milhões que estão vivendo da informalidade. A crise já batia à porta antes de março de 2020, mas a pandemia acelerou ainda mais esse processo. Em Candiota, a situação da falta de empregos, apesar de ser uma cidade industrial, também é bem presente.

O prefeito candiotense Luiz Carlos Folador (MDB) tem recebi­do, segundo assessores próximos e também vereadores de sua base de apoio, uma demanda diária de pessoas que vão até o seu gabinete tentar uma vaga de emprego ou ao menos uma indicação. O prefeito tem atendido um a um, inclusive ficando com currículos, na tenta­tiva de encaminhar alguma vaga.

Esta semana, Folador pos­tou em suas redes sociais sobre a ida de candiotenses para a colheita da maça em Vacaria – uma opção que há muito tem sido usada por trabalhadores da região para ao menos amenizar o desemprego. Já foi uma turma e agora dia 18 foi a segunda.

O recém empossado prefei­to tem empunhado a bandeira do carvão como um norte para esta questão do emprego. Está surgindo até um slogan e uma campanha: Candiota – Cidade do Carvão Mi­neral. Folador acredita na mobili­zação regional na sensibilização do governo federal para novas usinas no município. Ele tenta uma visita à cidade do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.

NA CÂMARA – O tema do desem­prego foi pauta na Câmara esta semana. O vereador Marcelo Gre­gório (PSDB) levantou a situação e disse que isso tem preocupado o prefeito. “Emprego é a dignidade de uma família. Sensível a isso o governo mandou projeto não rea­justando tributos municipais este ano em Candiota”, disse.

O presidente da Câmara, Gildo Feijó (MDB), também as­sinalou que o desemprego é algo que lhe preocupa imensamente. “São inúmeros pedidos, mensagens desesperadas que recebemos todos os dias”, afirmou, dizendo que já acertou com Folador, que se façam visitas oficiais do município às em­presas de Candiota, bem como ao frigorífico Pampeano Marfrig em Hulha Negra e aos Azeites Batalha em Pinheiro Machado.

Aposta na construção de novas usinas a carvão, como foi a UTE Pampa Sul, é uma bandeira forte levantada por Folador para a geração de empregos regionalmente, inclusive Foto: Arquivo TP

A vereadora Luana Vais (PT) citou o exemplo das agroin­dústrias, que são alternativas para a geração de renda e empregos. Ela disse que participou esta semana, junto com a vereadora Hulda Alves (MDB), que é extensionista da Emater local, de uma reunião no Centro de Educação Popular e Pes­quisa em Agroecologia (Ceppa), no assentamento Roça Nova (interior de Candiota), para o debate de um abatedouro de frangos caipiras. “A bandeira das agroindústrias é um tema que eu gosto muito e é uma alternativa”, afirmou.

Por fim, o vereador Danilo Gonçalves (PT), lembrou que quando o ex-prefeito Adriano dos Santos (PT) assumiu, Candiota produzia 40 mil litros por mês de leite. Com os incentivos dados, segundo o vereador, à duas coope­rativas – Coopampa e Coptil, essa produção saltou para mais de 550 mil litros mensais. “Isso é geração de renda. Essas pessoas gastam aqui no município. O incentivo à bacia leiteira também é pensar no emprego, pois se as pessoas conse­guem ficar no campo, não precisam sair ou até mesmo tirar o emprego de alguém na cidade”, comparou.

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