A meta da Meioeste Ambiental Ltda. de produzir energia elétrica de forma sustentável deverá avançar mais um passo em breve. Após garantir a licença junto à Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luis Roessler (Fepam) para a instalação da usina de biogás no município de Candiota ainda no ano passado, a expectativa é de que nos próximos meses a obra, de fato, seja iniciada.
De acordo com o sócio-gerente da empresa, Guilherme Costa, o que ainda está impedindo esse avanço são apenas alguns detalhes. “Ainda estamos em função da parte mais burocrática, o que falta agora é consolidar a licença de instalação que é a próxima etapa, prevista para acontecer em até dois meses, com a obtenção dos motores e demais maquinários,” detalhou.
Há cerca de seis anos, o município de Candiota conta com um aterro sanitário que pertence à Meioeste e fica numa área já minerada da Mina de Candiota (Companhia Riograndense de Mineração – CRM). O aterro recebe o lixo de 24 municípios das regiões Campanha, Sul e Fronteira Oeste do Estado. Entre eles estão Pelotas, Pinheiro Machado, Bagé, Dom Pedrito, Santana do Livramento e Uruguaiana. Mais de 700 toneladas de resíduos sólidos são depositadas diariamente no local. A usina irá processar e queimar o gás gerado a partir da decomposição do lixo.
O empreendimento terá capacidade instalada de 2,8 megawatts/hora, suficiente para abastecer uma cidade como Candiota com cerca de 10 mil habitantes. Orçada em R$ 10 milhões, a termelétrica será erguida por uma empresa italiana e os trabalhadores para a obra serão contratados por essa firma. Atualmente, 20 funcionários diretos e em torno de 80 indiretos atuam no aterro. Para operar a usina, a estimativa é que sejam contratados cerca de quatro funcionários.