Há aproximadamente cinco meses o serviço de castração do Centro de Controle de Zoonoses de Pinheiro Machado está parado. O local foi inaugurado em fevereiro deste ano com a estrutura necessária e contrato devidamente assinado com uma médica veterinária, mas atualmente está fechado e o Executivo pinheirense afirma estar trabalhando para, em breve, reverter o quadro.
A pandemia do novo coronavírus é um dos impedimentos para a continuação do trabalho, mas não é a único. De acordo com o prefeito Zé Antônio, em seguida da abertura foi identificada uma irregularidade em relação à origem dos recursos. “O montante utilizado para pagar os insumos e equipamentos utilizados estava sendo retirado de área da Saúde que não inclui esse serviço. Desde então estamos buscando a alternativa para regularizar a situação e encontramos uma rubrica na Secretaria da Agropecuária e Meio Ambiente e o recurso vai sair dessa pasta, com a devida publicação de um decreto e assim não vai causar nenhum tipo de prejuízo ou risco de apontamento para o município”, explicou.
Ainda conforme lembrou o gestor, assim como para os humanos, as cirurgias eletivas foram canceladas em razão da pandemia e é preciso cautela para uma retomada segura a partir de então. “Precisamos garantir a segurança de todos os envolvidos. Entendemos que fazer o controle desses animais errantes também é uma prioridade, mas vamos aguardar para que a situação do coronavírus esteja mais estabilizada na nossa região”, destacou Zé Antônio. Até as 23h59 da próxima segunda-feira (31) o município permanece, mais uma vez, classificado como alto risco de contaminação (bandeira vermelha).
Nas redes sociais, o Grupo de Proteção Animal Unidos Para Amar (GPA UPA) vem cobrando o poder público para que ocorra a reabertura do espaço e retorno imediato dos serviços prestados. “Estamos bem cientes da situação de pandemia que estamos enfrentando, porém, a causa animal e os casos de cadelas em cio, animais feridos e precisando de atendimento, não param até a pandemia passar. Estamos nos virando da forma que dá e atendendo os casos mais graves, mas sozinhas é impossível ajudar a todos”, registraram.
De acordo com o titular da Secretaria de Saúde e Ação Social, Thiago Araújo, enquanto o município ainda não pode retornar a disponibilizar o serviço, houve a tentativa de ceder o espaço para as voluntárias atuarem. “Conversamos com as idealizadoras do grupo voluntário e estávamos providenciando um ofício para autorizar que elas fizessem uso do espaço, bem como de todos os insumos lá armazenados para atendimento dos animais, mas fomos impedidos por orientação jurídica para cumprira Lei Eleitoral. Seguimos trabalhando para a retomada do serviço de castração o mais rápido possível e com garantia de continuidade para não cessar novamente. Aproveito para parabenizar o trabalho que o GPA UPA vem realizando pela causa animal, trata-se de um projeto de extrema importância e necessidade”, disse.
Conforme noticiado pelo jornal no início do ano, no contrato de prestação de serviços consta a realização de 20 procedimentos por mês: 10 para atender a população de baixa renda e outros 10 para o GPA UPA. O acordo foi firmado pelo período de 10 meses e a meta era chegar a 200 fêmeas caninas castradas em 2020.