INCLUSÃO

Palestra sobre autismo reúne comunidade escolar em Candiota

Alunos, professores, profissionais da Saúde, profissionais do Caminho da Luz de Bagé e mães de autistas participaram da atividade

Profissionais do Caminho da Luz, de Bagé, conversaram com os alunos sobre o tema Foto: Silvana Antunes TP

A terça-feira (20) foi voltada a inclusão social na escola estadual Dario Lassance, em Candiota. Uma palestra reuniu diversos profissionais e familiares de crianças autistas, que falaram sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), o Teacolhe e formas de identificação e atuação diante da pessoa autista.

A atividade foi uma ação de Capacitação do Programa Teacolhe na escola para as psicólogas do Caminho da Luz, Melina Gomes e Sisani Silva. Ao Tribuna do Pampa, Melina explicou que a palestra teve como objetivo a conscientização sobre características e acolhimento dentro do Tea, contando com relatos importantes de mães de alunos e proporcionando o enriquecimento do trabalho.

Professores, palestrantes, familiares, aluno, equipe da Saúde e Caminho da Luz Foto: Divulgação TP

NA ESCOLA – Atualmente a escola Dario Lassance conta com três alunos autistas já diagnosticados, além de outros que estão em fase de avaliação. Um trabalho é realizado pela professora Elenara Pereira Gonçalves, responsável pela sala de recursos multifuncionais AEE, onde o aluno com deficiência é atendido no turno inverso ao escolar, com enfoque para áreas que visem à estimulação, sejam elas motora, cognitiva ou socioemocionais. Já os professores da sala da aula regular trabalham com adaptação curricular, focada nas especificidades e peculiaridades do aluno.

Solicitada a avaliar a atividade realizada na escola, Elenara diz considerar de grande relevância dar visibilidade e conscientizar sobre as práticas inclusivas no âmbito escolar. Ela lembra que o autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento e afeta aspectos de comunicação, linguagem, comportamento e interação social, e por isso é muito importante que haja a educação para o acolhimento e não para a segregação. “O conhecimento e partilha de vivência sobre o TEA desperta nos professores, alunos e equipe escolar em geral, um olhar mais humanizado e empático acerca da neurodiversidade. O objetivo de convidarmos mães de autistas e pessoas engajadas na garantia dos direitos da pessoa com TEA, foi justamente o de proporcionar conhecimento não mais teórico, mas prático a partir das vivências partilhadas”, destacou Elenara.

Participaram alunos de diversos anos do turno da manhã Foto: Silvana Antunes TP

PODER PÚBLICO – Também esteve presente o secretário de Saúde de Candiota, Fabrício Moraes, o Bibi, que lembrou acompanhar a pauta há bastante tempo, antes como vereador e agora como secretário, garantindo mais acesso para executar as ações. “Gostaria de agradecer o convite da escola por ter essa oportunidade de estar lá falando junto a professores e alunos. Essa capacitação que fiz e pós-graduação em autismo, facilita o conhecimento para falar com propriedade. Vemos o quanto evoluiu essa pauta. Antes existia preconceito e vamos ajudar dentro da realidade, fazer o possível pra ter uma evolução e que faça valer de fato a inclusão. Queremos que essas datas não sejam somente alusivas, queremos trabalhar o autismo o ano todo. O diagnóstico precoce vai ajudar no atendimento adequado, inclusive a Secretaria de Saúde fornece todos esses atendimentos com pediatra, Centro de Reabilitação e Apoio (CRA) de Candiota e Caminho da Luz, em Bagé”.

Alguns sinais de alerta para o possível TEA são:
– Dificuldade para interagir socialmente, como manter o contato visual, identificar expressões faciais e compreender gestos comunicativos, expressar as próprias emoções e fazer amigos. -_ – Dificuldade na comunicação, caracterizado por uso repetitivo da linguagem e dificuldade para iniciar e manter um diálogo.
– Um sinal muito característico é o interesse restrito por objetos e animais, como por exemplo dinossauros e carrinhos.
* ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO

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