EDUCAÇÃO

Projeto Realidade Aumentada será implantado em Candiota

Previsão da Secretaria de Educação é de que atividades comecem ainda em 2022

Secretário Michel Feijó e equipe durante visita a UFSC Foto: Divulgação TP

No fim do mês de junho, o secretário de Educação de Candiota, Michel Feijó, acompanhado de gestores de escolas estaduais e municipais, visitou as instalações da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O objetivo da visita foi promover uma parceria do município com projetos de educação digitais desenvolvidos pela universidade, oportunidade em que foi apresentado o projeto Realidade Aumentada nas Escolas, desenvolvido pelo Labtec, no campus de Araranguá.

Na visita a universidade em Florianópolis, também ocorreu uma visita guiada a Escola do Futuro, com a presença do secretário de Educação de Florianópolis, Maurício Fernandes Pereira e pelo Ecossistema de Inovação, na ACATE experiente, com o diretor geral da Teltec Solutions, Diego Ramos. A visita foi coordenada por Alexandre Marino Costa e alunos do Programa de Pós-graduação em Administração, linha de pesquisa em gestão universitária, por meio de uma solicitação do prefeito de Candiota, Luiz Carlos Folador.

Ao Tribuna do Pampa, o secretário de Educação Michel Feijó confirmou a implantação do projeto no Polo Educacional de Candiota, ainda para 2022. Ele lembrou que além de verificar as necessidades estruturais das escolas quando assumiu a Secretaria de Educação, o objetivo foi dar uma atenção especial ao setor pedagógico. “Fizemos um planejamento de ações e colocamos em prática nossas projeções. Primeiramente reformamos todas nossas escolas municipais, agora estamos focados em melhorar a parte pedagógica, para isso vamos investir na tecnologia, motivo da nossa viagem. De imediato vamos implantar no nosso Polo Educacional o projeto Realidade Aumentada, que possibilita que o aluno explore uma aprendizagem atrativa e interativa, os quais possibilitam uma nova perspectiva sobre os conteúdos estudados na sala de aula, através do uso de tablets ou celulares, baixando aplicativos, escaneando o QR ZAPPAR e interagindo com objeto em 3D”, explicou Feijó.

O secretário ainda explicou que o objetivo é a participação dos alunos do Polo Educacional em turno inverso ao escolar, primeiro como projeto piloto e, posteriormente, sendo estendido para todas as escolas por se tratar de um projeto complexo.

Projeto utiliza mídias digitais para aprendizado escolar Foto: Divulgação TP

SOBRE O RA – O RA nas Escolas surgiu da necessidade de disseminar o uso de novas tecnologias educacionais no ensino de ciências nas escolas públicas. São projetos de pesquisa e extensão desenvolvidos por estudantes, professores e pesquisadores vinculados ao Laboratório de Tecnologias Computacionais da Universidade Federal de Santa Catarina no Campus Araranguá (LabTeC UFSC). Em Santa Catarina, desde 2018, alunos de 11 escolas de seis municípios catarinenses têm acesso a oficinas com realidade aumentada, aulas de operações matemáticas com realidade virtual, robótica, entre outros.

A iniciativa tem parceria com The Open University, de Londres, e conta com uma equipe de 35 pessoas. Idealizada pelo professor e pró-reitor de Graduação da UFSC, Alexandre Marino Costa, o projeto foi desenvolvido pelo LabTeC do Centro de Ciências, Tecnologias e Saúde (CTS), no campus Araranguá. “Este projeto está na linha da educação criativa e representa uma importante ação de pesquisa e extensão, integrando professores, pesquisadores e estudantes dos cursos de graduação em Engenharia de Computação e Medicina, interagindo com professores da rede municipal de educação na promoção de conteúdos com o uso da tecnologia de realidade aumentada”, ressalta Marino.

A coordenação é conduzida pela professora Eliane Pozzebon, na área da Engenharia da Computação, e pelas professoras Iane Franceschet e Josete Mazon, na Medicina. A equipe multidisciplinar envolve ainda três alunos da Medicina, 22 estudantes da Engenharia da Computação, um aluno do Programa de Pós-Graduação em Tecnologias da Informação e Comunicação (PPGTIC) e quatro docentes, sendo quatro deles da UFSC e um da Open University.
A equipe é responsável pelo conteúdo, modelagem, textura, animação, programação e design do material. Além de práticas integrativas e oficinas nas escolas, que hoje abordam os conhecimentos sobre sistema cardiovascular, sistema nervoso, células biológicas e mecanismos celulares, é realizada também uma capacitação dos professores para uso da tecnologia em sala de aula.

* Originalmente este conteúdo foi publicado no jornal impresso

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