Economia

Os indicadores do mês de março mostram que ao final do primeiro trimestre o país se encontra à espera de algo novo, que ninguém sabe exatamente o quê, para retomar o processo de crescimento.
A reforma trabalhista, aprovada em 2017, muito festejada pelo mesmo grupo que domina o país, apontada como um dos pilares para a retomada do crescimento, não surtiu os efeitos esperados pelos que eram otimistas em relação ao que viria com a reforma. A incidência de tributos sobre o salário é um entrave ao desenvolvimento e um problema para os trabalhadores, principalmente, mas atribuir o não desenvolvimento aos tributos que incidem sobre salários normalmente baixos é um exagero.
A reforma da previdência ativa o imaginário dos que acreditam que esta reforma será um dos pilares para a retomada do desenvolvimento, uma vez concluída. Move-se a passos lentos, comparando com o esperado pelo governo no início de mandato. Aprovada, com irreparáveis prejuízos à população mais pobre, colocará o governo e os meios produtivos à espera do próximo passo. Como a reforma trabalhista, a reforma da previdência não resolverá a raiz do problema da economia nacional.
Para melhorar o desempenho da economia, emergencialmente, é preciso fazer a necessária reforma tributária. Que deveria ter sido a primeira a ser aprovada. Por enquanto, o país ficará à espera desta reforma. E esta é muito complexa de ser aprovada. Vai interferir diretamente na forma que as classes dominantes pagam tributos, incluindo aqui os grandes contraventores, repercutindo em estados, municípios e união. Os problemas do país seriam bem menores se fosse reduzida a evasão fiscal que é a prática durante ou posterior a incidência tributária que se dá através de atos ilícitos como fraude, sonegação e simulação, tendo o objetivo de não pagar os tributos devidos. Por outro lado, há um imenso universo da população que produz na informalidade, empresários, trabalhadores, não participando da receita dos tributos instituídos.
Contudo, para resolver os problemas da economia de forma sustentável só há um caminho, educar o povo. Educar o povo significa educar todos do povo, professores, pesquisadores, cientistas, empresários, trabalhadores, jovens, adultos e idosos. Educar também para o empreendedorismo e para a gestão. O Brasil é o somatório dos esforços de cada um do povo. Como escreveu Einstein, “Não se pode alcançar um novo objetivo pela aplicação do mesmo nível de pensamento que o levou até o ponto onde se encontra hoje”.

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