ESPECIAL 30 ANOS HULHA NEGRA

“Propomos uma comunicação ampla e uma aproximação da comunidade com a Casa do Povo”, refere Tanira Ramos

Tanira Ramos foi a mulher mais votada de Hulha Negra e preside, em 2022, o Legislativo Foto: Silvana Antunes TP

Em 2022, ano em que o município de Hulha Negra completa 30 anos de emancipação político-administrativa, a Câmara de Vereadores tem a frente na presidência a petebista Tanira Ramos dos Santos Martins.

Em entrevista ao Tribuna do Pampa, quando solicitada a fazer uma análise dos 30 anos da cidade, Tanira Ramos disse que Hulha Negra perdeu a cara de vila para se transformar em cidade. Ela disse que embora não residisse no município desde sua emancipação, acompanhou de perto sua evolução. “Há mais de 30 anos desempenho atividade profissional junto ao município, no frigorífico Marfrig, unidade Pampeano, hoje considerada uma indústria da área de alimentação. Fazia visitas para amigos no município, nossos momentos de lazer eram em Hulha Negra. Então, de lá pra cá, conseguimos visualizar as transformações que vem ocorrendo no decorrer do tempo. Hulha Negra perdeu a cara de vila, Hulha Negra vem se incorpando e tomando ares de cidade há alguns anos”, afirmou.

A presidente diz ser necessário lembrar que metade da população se encontra na zona rural e isso não pode ser esquecido. “As administrações não podem deixar de dar o suporte necessário para quem faz girar a economia do município, como a bacia leiteira e o setor agrícola”, lembrou.

Para Tanira ainda há muito o que ser feito no município. “A cidade está melhorando ao longo do tempo. Acredito que os municípios conseguem crescer quando eles têm grandes investimentos. Posso dizer que em nossa cesta temos dois grandes investidores no município, o Marfrig e a Mônego. A partir do momento em que se colocam mais oportunidades dentro desta cesta, tu começa a oportunizar crescimento para as pessoas e quando existe mais emprego o município passa a ser mais atrativo. Quando ocorre quebra ou perdas nas indústrias, o município também perde junto com o investidor”, manifestou.

Ainda quanto a investimentos ela diz ser necessário viabilizar novas oportunidades. “Algumas questões avançaram bastante no município no período de pandemia, que ainda vivenciamos, mas agora com índices menos elevados. Hulha Negra consegue ter uma boa abrangência na vacinação, bom seria que não tivéssemos nenhuma perda humana, mas no ponto de vista geral, nosso atendimento foi satisfatório. Acredito que estradas, obras de infraestrutura na zona rural, melhorar os acessos, facilitar o deslocamento e vida do agricultor, que tanto ajuda a impulsionar a economia local sejam pontos importantes para o futuro, precisamos dar uma atenção especial para isso”, manifestou a presidente quanto a sua visão do que deve ser feito no município.

O jornal também perguntou a parlamentar o que representa para ela estar a frente do Legislativo quando o município completa três décadas. “Nessa data tão importante estar como presidente é uma honra muito grande. Acredito que nada é por acaso e se Deus nos colocou aqui neste momento é porque temos uma missão muito grande de ajudar a comunidade nessa evolução do município”, expôs.

Para concluir, o TP também questionou Tanira Ramos, acerca do que ela acredita deixar de legado para a população e município de Hulha Negra. Ela disse que como presidente, propôs a abertura da Câmara de forma mais direta para a população. “Precisamos ter uma linha de comunicação mais ampla, tornar a Câmara atrativa para as pessoas. Muitos falam mal da política, de determinados políticos, mas ela é necessária na vida das pessoas, as decisões que somos norteados vem através da política. Então precisamos quebrar esse tabu, essa visão negativa que as pessoas tem na política. Como fazemos isso? Com uma comunicação clara, trazendo as pessoas para nosso cotidiano, mostrando nossa vivência. Somos nove vereadores, representamos mais de 90% da vontade da população do município. Dentro desses nove mandatos a população se sente representada, então nós precisamos mostrar como é o andamento da Casa. Acredito que isso vai ser uma marca, um legado do nosso mandato frente a presidência desta Casa e estamos fazendo isso com sessões que homenageiam pessoas, com publicação em jornal, com programas em rádios para levar nossa voz. A partir do momento em que a população entende como é nosso trabalho, ela tem mais subsídio para cobrar, para conversar e formar opiniões”, explicou a presidente.

* Originalmente este conteúdo foi publicado no jornal impresso

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